E eu tive um sonho muito estranho... Estava acompanhada de um homem alto e de vestes negras. Nós "do nada" entrávamos em situações comuns e incomuns de várias pessoas, algumas com o rosto familiar e outras não, inclusive uma apareceu o Gustavo Melo Czekster pedindo um café numa livraria muito estranha. E nós éramos espectadores invisíveis. O homem de preto perguntava o que eu achava das situações e minhas primeiras, segundas, terceiras impressões dos atos das pessoas. Lembro-me que invadíamos salas de sessões de psicoterapia e ficávamos escutando o que os pacientes diziam. Ele estalava os dedos, e mudávamos de cena. Sei que no final, fomos para uma cidade abandonada, coberta de areia, com uns bichos muito estranhos, sendo muitos deles, criaturas do universo dos quadros de Hieronymus Bosch. Eu vi a minha casa toda destruída, todos os lugares que eu vivi, como se fossem ruínas no meio do deserto. Pessoas que eu amava andando como vultos, outros afundando na areia, mas eles não me ouviam, eram apenas vultos. Eu me lembro bem de uma frase que encerrou meu sonho: " Está vendo isso Ana? A destruição, o medo, a saudade, presente e passado em um lugar só. São esses os sonhos da humanidade, desconstruídos em grãos de areia", então ele some e eu fico sozinha vagando pela cidade. Por final, entrei numa casa abandonada, onde todas as minhas coisas estavam. Sentei na varanda da casa, olhando todo aquele cenário pós-apocalíptico e chorando, só que não eram lágrimas, era areia, e meus olhos doíam. Enfim acordei. Ou estou lendo muito Sandman, ou tinha dorgas no churros ontem. Eu fico com a primeira hipótese. :P
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 15:09:50 +0000
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