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EM ALGUMAS DÉCADAS Microgeração pode ultrapassar a convencional 20.10.2013 imprimir email A maior eficiência no abastecimento e a economia relativa a gastos contribuem para a mudança no setor Em um passado não tão distante, possuir uma linha de telefone custava caro. Era um artigo de luxo. Com o passar dos anos, o acesso foi ficando mais fácil e barato, mas, com a popularização da telefonia móvel, hoje pouca gente tem ou faz questão de ter um telefone fixo em casa, o que antes era difícil de imaginar. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012, pela primeira vez, a maioria das residências brasileiras com telefone tinham apenas celular. Uma das vantagens do processo é o fato de não haver perda na transmissão, uma vez que eventuais excessos na produção entram na rede pública e retornam para o consumidor em forma de crédito Foto: Marília Camelo Para o cientista industrial Fernando Ximenes, algo semelhante deverá ocorrer no mercado de energia elétrica, a partir da micro e da minigeração distribuída. A microgeração é uma tendência para o futuro. De 20 a 30 anos, deverá ultrapassar a produção de energia convencional, aposta. Será a opção primária do consumidor residência, comercial e industrial. Para o residencial, a microgeração garante o abastecimento. Para o comercial, atende à necessidade de competitividade nos produtos. Para a indústria, é importante na questão dos custos e dos insumos no fomento fabril. A microgeração e a minigeração vêm para ficar, para dar continuidade a uma tendência irreversível, completa. Diversos motivos Hoje, há vários fatores que podem contribuir para que essa perspectiva se concretize, entre eles, estão a economia relativa a gastos com energia, a maior eficiência no abastecimento e a possibilidade de, em um futuro próximo, lucrar com a venda da energia excedente produzida. A princípio, um consumidor residencial pode pensar que aderir à micro ou à minigeração distribuída pode não ser algo vantajoso para ele como seria para uma empresa ou indústria, tendo em vista que adquirir e instalar os equipamentos necessários tem um custo relativamente alto. Mas, colocando na ponta do lápis e pensando a longo prazo, pode ser um excelente investimento, dependendo da média de consumo de energia mensal. Compensação Compensa para pessoas físicas porque a tarifa do quilowatt/hora é de aproximadamente R$ 0,46. O consumidor vai ter o equipamento pago pela economia de energia. Quando você compra um equipamento financiado pelo Santander, por exemplo, o valor que você paga é fixo. Já o valor da energia aumenta. Não se sabe o reajuste da energia. Em média, tem sido de 13% ao ano. Assim, com um reajuste de 13% na tarifa de energia, o meu equipamento já ficou 13% mais barato ao ano. E a minha prestação é fixa, afirma o diretor administrativo da Satrix S. A. Energias Renováveis, Francisco Bastos Sampaio Neto. Ele destaca a garantia de abastecimento e o fato de não haver perda na transmissão da energia produzida. Para fazer um trazer 1 quilowatt de energia da Chesf, por exemplo, existe uma perda. Se eu produzo a minha energia, esse excesso do que eu produzo e não consumo entra imediatamente para o meu vizinho (por meio da rede pública), sem perda de transmissão. Quando eu precisar dessa energia, eu receberei ela de volta, terei crédito. O excedente de energia vai para a rede pública, a título de empréstimo. Essa é a grande vantagem, diz, referindo-se ao sistema de compensação regulamentado pela Aneel. Existe a possibilidade de compensar se a pessoa tiver mais de uma unidade consumidora. Se ela tem uma casa de praia, por exemplo, e instala um aerogerador lá, a energia excedente que ela produz pode ser consumida/compensada no apartamento dela, em Fortaleza, por exemplo. Permite a compensação para o mesmo CPF ou CNPJ, completa Bastos. (DM) Investimento se paga e gera economia no longo prazo Para empreendimentos como escritórios, pousadas, hotéis, condomínios, escolas, comércios e indústrias, investir na micro ou na minigeração distribuída pode significar uma economia importante para a competitividade e, no futuro, o fim dos custos de um dos insumos mais caros, no caso do setor industrial. Se um consumidor de baixa tensão, que para entre R$ 0,42 e R$ 0,47 por quilowatt/hora, financia pelo FNE Verde, por exemplo, um kit fotovoltaico para a microgeração, com taxas de 3,5% ao ano, ele vai ter uma prestação igual ou até menor do que ele para por mês de energia. Ele vai gerar a própria energia, uma energia limpa, pagando o mesmo valor, pagando um bem que é dele. Ele troca o que é uma despesa por um investimento. Em oito anos ou menos, o consumidor tem o retorno do investimento. Depois, ele vai usufruir do equipamento por um longo período, tendo em vista que a vida-útil de um kit fotovoltaico é de 30 anos, sem pagar mais energia nem banco, destaca o diretor comercial da Kwara Energia do Brasil, Luiz Duarte. Custos Segundo ele, um kit fotovoltaico custa, em média R$ 70 mil, mas os preços podem variar conforme as características do equipamento. Já conforme o diretor da Satrix, os painéis solares custam a partir de R$ 11 mil, enquanto os aerogeradores podem ser adquiridos a partir de R$ 25.990, em média. A escolha do tipo de equipamento, contudo, depende muito da localização da residência ou do empreendimento. A escolha do tipo de equipamento depende da localização da residência ou empreendimento. O gerador eólico na praia se torna mais barato que os painéis solares. E os painéis são mais indicados onde não há vento. Não são interessantes para a praia. O que define a escolha do equipamento é a localização, diz Bastos Sampaio. Depende da localização da residência ou do empreendimento. Para a geração de eólica, precisa de vento. Quanto mais próximo for da orla e quanto menor a obstrução de vento, menor será o investimento, reforça o gerente comercial da Brasil Wind, Wilmar Pereira. Já o diretor comercial da Kwara destaca o aproveitamento do potencial energético solar que o Ceará possui como a melhor opção para a microgeração distribuída.
Posted on: Sun, 20 Oct 2013 11:31:32 +0000

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