EM NOME DE ANGOLA:O ESTADO MARCIAL (IN) DECLARADO CONTRA OS POBRES - TopicsExpress



          

EM NOME DE ANGOLA:O ESTADO MARCIAL (IN) DECLARADO CONTRA OS POBRES E ENTRE OS POBRES INTRODUÇÃO Em qualquer país aonde se reitere a não observância dos primados da lei, ou em que a mesma seja aplicada apenas sobre os mais fracos, mais tarde ou mais cedo é a Não-lei que passa a imperar como sendo a própria lei. Ocorre-me a presente reflexão em observância a mais um dos apupos da consciência, sempre indormente, sempre aberta aos fenómenos que se insinuam neste horizonte empedernido, aonde a pátria real morre cada dia um pouco mais às mãos de todo um sistema de valores enviusados, assentes sob o domínio de uma governação, que verdade seja dita (O MELHOR QUE SABE FAZER É PLANTAR O MEDO). «…Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará…» In Bíblia Sagrada EM NOME DE ANGOLA: O ESTADO MARCIAL (IN) DECLARADO CONTRA OS POBRES E ENTRE OS POBRES 1-Não é com pouco desconforto, e/ou obviamente pouca revolta, que todos os dias, mal saio à rua, sou forçado a odiar cada vez mais quem se mantém no tecto dessa (Des) governação. E as razões prendem-se com um inexplicável automatismo que em mim se acorda sem demora, fruto de tudo que me rodeia e que se repete mal o sol acorda, e nós adormecemos entretanto, cada dia um pouco mais, sob as almofadas da repressão galopante, imposta por irmãos nossos, concidadãos na miséria comum. Filhos do povo, nascido do povo, crescidos e gerados na mesma miséria que já ganhou bigodes. Nós vivemos entre o povo, escorregamos dentre os milhares de homens afaimados, que diariamente se roçam às paredes da dor silenciosa e da miséria extrema que come os miolos e ofusca a imagem de Deus. Conhecemos a dor de uma zungueira, a passageira que se senta ao nosso lado no táxi, com banheiras cheias de quinquilharias, as grandes heroínas da sobrevivência e do Não-roubo. Tão logo se ponha o pé na rua, a primeira coisa que sobressai, nesse universo fragmentário e fragmentado, em que se cantam hossanas à uma paz que até tem um arquitecto tão “Santo” é um clima que só pode ter um nome “GUERRA” porque se a paz é assim, então, a partir de agora, a paz tem de ser escrita ao contrário ZAP!!! Imagens arrepiantes e que nos enchem o cérebro de pontos de interrogação, denunciam o Estado Marcial, discretamente declarado, mas contra os pobres, e entre os pobres, uns para com os outros e contras uns e outros. Senão, olhemos para os inumeríssimos homens armados até aos dentes, desde as primeiras horas do dia…Polícias Militares, sem braçais, polícias Anti-terror, quando o terror continua lá! Ainda há pouco foi violada e morta uma jovem no dia do seu próprio aniversário…estão a combater o terror ou a promove-lo? EM NOME DE ANGOLA: O ESTADO MARCIAL (IN) DECLARADO CONTRA OS POBRES E ENTRE OS POBRES 2-A DNIC-Direcção Nacional de Investigação Criminal, é célere em rotular, cunhar, e chamar pé rapado à interrogatório, intelectuais discordantes, que regra geral, têm algo em comum: Não pertencerem à elite-governante, nem fazerem parte da Alta-Burguesia, à qual o nosso saudoso (MPLA do papel) jurava combater. O MPLA é essencialmente bom…(no papel) O estatutos apontam para “poder popular” e são contra o enriquecimento ilícito. Declaram combater até “A pequena burguesia”. É engraçado como hoje, já nem a pequena combatem, porque temos a burguesia altíssima. A polícia Nacional quando vai prender um gatuno-de-galinha, só a celeridade e o poster dos agentes, até faz lembrar um filme do Sillvester Stallone. Criminosos impunes, declarados e que roubam milhões do povo diáriamente, desfilam na TPA todos os dias, e o Director da DNIC está bem consciente que os tipos são gatunos. Como pode um angolano não se indignar, quando sabe que as estradas que durante a campanha eleitoral são exibidas pela TPA, como sendo “as melhores do mundo” por elas os automobilistas pagam taxas de circulação, dentre eles os nossos amados taxistas; entretanto, sabe-se que não são estradas, são crateras, cheias de buracos, charcos que destroem as viaturas. Mas ainda assim assiste-se à todo uma acolitagem de polícias que atormentam a vida aos taxistas, jovens que não tiveram oportunidade de estudar, e se tiveram não encontraram emprego, e como não querem engrossar as lides do crime-miúdo, sacrificam-se Logo pela manhã, para dar de comer à uma nova geração de angolanos que não tiveram a sorte de vender ovos! Todas as manhãs, são mais um dia para renovar a revolta. Os taxistas descem do carro já com uma nota de 1000 kwanzas dentre os documentos, ou 500 kwanzas para pagar uma vassalagem à alguém que os explora na mesma cadeia de miséria e perpetuidade da escravidão. O pobre fodendo o pobre. Porque enquanto isso acontece, entre os pobres, eles sorriem sob o AC e os tapetes vermelhos. Há dias, em Viana conversei com um motoqueiro-kupapata, que me contou como conseguiu a sua motorizada, que acabava de ser detida por um polícia “…eu mano, eu desde que sai da tropa nunca recebi nada. O tal estudo mesmo é que não tenho. Venho me remediar desde 2011. Eu empurrava carro de mão-kangulu…alguns dias eu comia só uma metade de lambula frita com kikuanga, para ajuntar dinheiro para comprar essa mota. É assim que alimento a minha família. Agora vem um polícia me prender a minha mota, e diz que para eu receber ela de volta, tenho que pagar 10, mil kwanzas, se eu nem faço 5 mil kwanzas por dia e a tal mota é onde sai o dinheiro para pagar as propinas das crianças, a comida de casa vou fazer como?” a resposta só não é clara, para quem não tem nenhum tipo de pergunta… EM NOME DE ANGOLA: O ESTADO MARCIAL (IN) DECLARADO CONTRA OS POBRES E ENTRE OS POBRES 3-Diáriamente testemunhamos cenas horripilantes, algumas (muitas) das quais já deram em acidentes fatais. Homens, ditos fiscais correndo com mulheres sacrificadas com quinquilharias à cabeça. Quantas delas não foram atropeladas, na pressa da fuga ao chicote de um homem investido de poder, mas sem poder real nenhum, porque vestido da mesma miséria que o torna sipaio de um governo que não lhe garantiu emprego melhor e o emprega no desemprego de andar aos paus contra os seus pobres-semelhantes? O MPLA, e os seus pseudo-fiscais, que nada fiscalizam, pois dinheiros agudos continuam sendo descaminhados todos dias para contas no estrangeiro, enquanto todos nós nos calamos diante dos ladrões, e abrimos a boca contra quem é tão pobre tão pobre quanto a nossa incapacidade de ler o óbvio e nos levantarmos em favor deste óbvio…A zunga não é uma actividade de enriquecimento fácil…é uma actividade de sobrevivência…jamais o MPLA conseguirá combater a zunga. Aliás, tanto é assim, que já lá vão 4 anos que tentam e não conseguem. Só deixam essas heroínas contra ditadura da fome e da opressão cada vez mais tenazes e conscientes dos seus direitos, aquando das eleições. Ceder à vontade daqueles que as enxotam das ruas aonde elas vendem e vendem-se à vida, esta vida de morte declarada, significa em última instância, ceder diante da morte iminente, que lhes bate à porta por via da fome, da falta de água de viveres etc. Aos quais elas vãos buscar desde manhã cedo, vendendo tudo e mais alguma coisa. Combater as zungueiras, é atacar os efeitos e não as causas. (também pudera!) as causas são eles…Todos os dias vemos um homem faminto e altamente desnutrido, levantando um bastão contra uma mulher indefesa, com bebé às costas, quantas vezes deitando por terra o fruto de tanto sacrifício. Muitas dessas mulheres têm maridos. Os maridos são homens que lutaram por esta pátria. Foram recrutados e obrigados a fazer uma guerra estúpida que tornou milionários os muitos que agora passam pelas suas misérias, sem baixarem os vidro esfumados das suas viaturas top de gama. Muitos deles hoje tiveram de render-se ao mesmo que os escravizou, roubou-lhes a juventude, e cederam mais uma vez, alistando-se em exércitos privados de serviços de segurança, aonde ganham um salário de miséria, que em verdade só renova a cadeia de humilhação, espoliação e roubo. Alguns deles, ganham entre 12 mil, à 18 mil kwanzas més. Não é raro encontrarmos um homem caquético, totalmente chupado, magro e desesperado, com uma arma na mão a guardar milhões às portas de um banco, ou uma grande empresa de renome, que gasta milhões em publicidade. Se dos milhões que gastam em publicidade, aumentassem o salário de quem os protege? Alguém dirá: mas isso tem a ver com a empresa que os recrutou! OK, mas já se ele não estiver à altura de reprimir um roubo, o afectado é você! São esses os esposos dessas mulheres, as quais o zungam para coadjuvar os seus esposos eternamente espoliados…mas a perpetuidade da vilania continua, enquanto os colonos de raça negra não são apeados do poder…O objectivo supra dos partidos políticos é a tomada do poder político. Mas ai fica uma pergunta: tomar o poder político para fazer o quê??!!! CONTIUAMOS A ESPERA DA FELICIDADE DAS PESSOAS, CONTIUAMOS A ESPERA DO HOMEM NOVO, COMO NO-LO PROMETERAM NO HINO NACIONAL QUE DIZ CLARAMENTE: “construindo no trabalho o homem novo” O QUE ESTAMOS A CONSTRUIR É UM HOMEM VELHO, RECRUTADO DAS ESCOLAS DA SOCIEDADE HITLERIANA…NUM CLIMA EM QUE AS RUAS SE ENCHEM DE HOMENS ARMADOS COM INSÍGNIAS DO ESTADO QUE À TUDO E TODOS REPRIMEM…MENOS AOS QUE FEREM DIÁRIAMENTE O PAIS. OS POBRES CONTRA OS PRÓPRIOS POBRES. ESTOU COSNCIENTE DE QUE O POLÍCIA QUE PRENDE É POBRE. O TAXISA QUE É PENTEADO PELO POLÍCIA É POBRE. O DINIC QUE INTIMIDA MANIFESTANTE É POBRE. O SEGURANÇA À PORTA DO BANCO É POBRE, O FISCAL QUE BATE NA ZUNGEUIRA É POBRE. EM SUMA OS POBRES CONTINUAM ESTUPIDAMENTE MATANDO-SE UNS AOS OUTROS, ENQUANTO ELES ASSISTEM CÍNICAMENTE EM SALAS CLIMATIZADAS, E TAPESTES ORIENTAIS. E VINHO BRANCO. HÁ UM ESTADO MARCIAL (IN) DELCARADO EM ANGOLA, QUE SÓ NÃO LEGITIMA O DIREITO QUE AS PESSOAS TÊM DE SE DEFENDER.
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 00:01:28 +0000

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