EXCLUSIVO: “O VENCEDOR NÃO MORREU” PONTA GROSSA – - TopicsExpress



          

EXCLUSIVO: “O VENCEDOR NÃO MORREU” PONTA GROSSA – Distante mais de cem quilômetros da capital, Curitiba, a cidade paranaense com cerca de trezentos e quarenta mil habitantes, localizada na região dos Campos Gerais, vive um estado de graça. Contraída, mergulha em um momento singular. É praticamente impossível transitar pela Augusto Ribas ou no Distrito Industrial sem questionar-se internamente: Ora, o que aconteceu? Realizado no dia dez de Julho, o sorteio da Mega-Sena teve um acertador local. Acumulada, no inverno, pinhão no fogão, o prêmio oferecido foi de exatos vinte e três milhões de reais e alguns quebrados de pena de ganso. O curioso, espantoso, intrigante, improvável, no entanto, é que ninguém apareceu para retirar o faz-me-rir. Espera um pouco. Depois, assim, passadas noventa noites, o dia clareou com o dinheiro vago. Na verdade, vai ser usado, se Deus quiser, para qualificar a educação nacional. Isso mesmo. Ahã. Já está na conta do Ministério. Dízimos a parte, de parte a parte, particularmente, páreo duro. Nunca mais, cabeça a cabeça, sacamos o grande furo. Quer dizer, predestinado ao insólito, neste caso, o vencedor da bolada, na cara dura, passou cerol na mão e, vou sim, vou sim, aparar pela rabiola. Data vênia, ele quis esclarecer. Risonho, surgiu perambulante e, de pronto, disse não perder o bilhete, nem esquecer a aposta: “precisava dar o troco aquele dia”. Isto é, estamos falando dele, Eurico Rukke Berg Paz de Dutra. Via, aqui agora, entre cômodos, tapumes de reforma. Sentamos em cadeiras de plástico à espera do ajudante de mão de obra. Logo, na calma dos ventiladores de parede locais, chegou o entrevistado. Logus dirigia. Surgiu calçando sapatos mocassim, trajando bermuda jeans, cambitos à mostra, cinto BlackWeell, camisa florida cavada, em tons de vermelho e verde oliva, somados aos óculos escuros que suspendia na testa. Muitos graus. Em suma sucinta, foi difícil. Não sabíamos direito se entrevistávamo-nos ou partíamos para a porrada. Pois bem. Como é que vamos fazer? Veja a entrevista reveladora com o polêmico abaixo. E um, e dois, e três. Na matéria, parabéns as micropartículas Higgs, afinal, cada um tem sua parte importante no todo. No trabalho sujo, eu e a enxadrista Mônica Celia Batarmiga Truax. RÓITERS – Primeiramente, o povo quer saber. Por que o senhor não retirou o prêmio? EURICO – Dinheiro não é tudo. RÓI – Mas como? Então, por que jogou? EU— Estava testando minha sorte. De fato, pode parecer estranho, à primeira vista, mas há outras coias em jogo. Ouçam jovens, minha saúde vai muito bem hoje. Sou como um touro. Em julho eu estava passando por um momento difícil, de depressão. Pense numa coisa triste. RÓI – (silêncio) (Mônica pede a palavra). Mas o senhor vai de convir que ninguém, em sã consciência, ninguém, ninguém mesmo, desprezaria vinte e três milhões de reais, poxa . Nos dê motivos. EU – A senhorita está me amolando. Minha razão está intacta. Pede pra sair. Exijo respeito..... bom, quando apostei, sendo sincero, meu sentimento era mimimi, queria ter azar no jogo e sorte no amor. Estava passando por um momento periclitante. Acontece que, depois que acertei os números, sei lá, algo em mim mudou entranhas mente. Comecei a sentir mais confiança, capaz de conquistar meus sonhos. RÓI – Mas não seria a total alegria de ter ganho a Mega? EU – (....) Não sei, será? Vejam vocês, não tinha pensado por esse prisma. O fato é que pensei nas consequências, mudanças decorrentes da verba....o dinheiro me tornaria outra pessoa. Fiquei espiado e relaxei. RÓI – Mas como relaxou? EU – Então, por isso chamei vocês aqui. Como o dinheiro vai para o ministério da Educação, queria fazer um pedido. RÓI – O senhor está brincando com a nossa cara. Primeiro, que tipo de sonhos o senhor possui? EU – Os mesmos de qualquer homem comum. Uma bela esposa, filhos, família, um emprego gratificante, um salário melhor. Sou um militante comunista. RÓI – Tipo? EU – Daqueles que lutam contra os monopólios oligopólicos. Lutam contra o poder das minorias. O dinheiro tem de estar nos braços do povo! (nesse momento ele ergue o punho direito). RÓI – (Mônica comenta) É incoerência. EU – Não, não, obrigado. RÓI – Refiro-me ao contraditório. Mas por que o senhor fez isso? EU – Vejam bem, atente, já fui muito rico, tipo o Eike Maravilha. Era da turma da Zuzu. Mas eu perdi tudo, crêendios pai, fui parar na sarjeta. Então, depois que me cadastrei no bolsa Família, conheci a dignidade de poder colocar alimentos na mesa para meus oito filhos. Além do mais, pergunta ao Eike se 23 faz falta. Importante é a saúde. Sou da vida andeja. Por isso... RÓI – (interrompemos) O quê sua família achou da decisão, aprovaram? O senhor permaneceu calado esse tempo todo? EU – (risos) São todos pequenos, não tem cabeça pra isso lasarento. A mulher é analfabeta. E o mais velho tem oito anos. Me diz uma coisa, o que eles tem haver com isso? RÓI – (mal estar) Enfim, como o senhor vive hoje? EU – Bem no vai vem, graças a Deus. O meu pedido é que o dinheiro seja investido em instrumentos musicais suficientes para preencher o território nacional. Quero que meus filhos tenham mais oportunidades social, de crescimento profissionais. Não quero que eles acabem como eu, quero pra eles aquilo que não pude ter. Teatrinho também seria bom...se eu morreu, que o céu o tenha. RÓI – Mas cadê o bilhete orra? EU – (ele mostra os registros. Dois quadros, bem emoldurados, contento, num, o bilhete junto ao recibo da loteria e, outro, uma capa do jornal Diário dos Campos) Viu minha magrinhagem? Esses são meus quadros patê saudações. Caso me arrependa um dia, entro com uma ação na Justiça. Abruptamente, devido o calor da situação, clima de certa animosidade com nossa enxadrista, nós preferimos encerrar a conversa. Ele justificara o fato de falar bastante porque sonhava ser advogado, porém, vindo da Fazenda, não tinha condições para isso. youtube/watch?v=xVHK2wonbsk
Posted on: Wed, 09 Oct 2013 04:55:13 +0000

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