Em defesa do Fora do Eixo Por Ivana Bentes: As pessoas me - TopicsExpress



          

Em defesa do Fora do Eixo Por Ivana Bentes: As pessoas me perguntam porque eu defendo o Fora do Eixo. Defendo porque conheço o Fora do Eixo desde 2011, quando foram os primeiros a reagir e lutar contra os retrocessos no MinC de Ana de Hollanda, defendo porque vi o trabalho nas Marchas da Liberdade em 2011, porque conheço as Casas coletivas e comunitárias, conheço as causas politicas que defendem e que são as minhas e as de muitos, conheço uma parte trabalho nas cidadezinhas do interior do Brasil e me encanta a diversidade e autonomia dos 200 coletivos que participam da rede. Dentro de uma rede de 200 coletivos e 2 mil pessoas a verticalidade e centralização de "seita" com trabalho escravo é uma caricatura que criminaliza o comunitarismo e a economia informal e/ou solidária e moraliza uma opção de vida. Com portas abertas e postagem aberta no Facebook me pergunto porque esses relatos não vieram a tona antes da explosão e visibilidade do NINJA. Uma questão (sobre a qual estou escrevendo) é clara. O fora do Eixo é uma afronta tanto para a VEJA e tudo o que ela significa quanto para certa "classe média artistica" com projeto individualista (projetos que são legitimos diga-se de passagem e complementares ao mundo das redes). Tem muito o que debater na nova economia e processos de desmonetização e de criação de experiência do Comum. Isso já esta acontecendo e não é de hoje. Muita gente chegando agora no debate na vibe difamatória. Muitos "especialistas" em Fora do Eixo e em redes da noite pro dia, transformados em juizes, policiais e advogados. Eu não fui informada da existência do Fora do Eixo por um post denuncia no Facebook! E conheço pessoalmente também a Beatriz Seigner e a circunstancia que a levou a romper com a rede (profissionalmente e afetivamente). Estudo, pesquiso, participo, apoio projetos do Fora do Eixo, busco entender o processo e "como" funciona. É dificil mesmo pra mim, pois é um processo complexo. Acredito conceitualmente e de coração aberto nesse projeto e se a "marca" ou o nome Fora do Eixo acabasse hoje e se dissolvesse, ainda assim a rede de colaboração e de afetos construida se mantem de pé. Essa é a força, a grandeza e a beleza do processo. O que está em questão não é um cachê de 900 reais pago com atraso, nem uso de verbas públicas, nem muito menos a denuncia de que os participantes não gostam de ler nem de ir ao cinema e que não gostam de Arte e não estão nem ai para assinarem "sua" produção autoral. É o projeto de uma outra geraçao e de uma multidão que transformou precariedade em potencia. Estamos no meio de uma mutação e o Fora do Eixo esta pagando a conta de ter saido na frente e feito a experiência mais radical. Estamos abertos para o debate. Se não disputarmos esse processo ai sim já perdemos!
Posted on: Sat, 10 Aug 2013 18:24:03 +0000

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