Em primeira reação concreta à espionagem, Dilma adia visita - TopicsExpress



          

Em primeira reação concreta à espionagem, Dilma adia visita oficial aos EUA Comente A presidente Dilma Rousseff adiou a viagem oficial que faria aos Estados Unidos a partir de 23 de outubro próximo. A decisão, anunciada oficialmente nesta terça-feira (17), é a primeira medida concreta tomada em reação às recentes denúncias de espionagem da NSA (agência de segurança norte-americana) contra a própria presidente e à Petrobras. Até então, a resposta brasileira se limitava a declarações e pedidos de esclarecimentos. "Tendo em conta a proximidade da programada visita de Estado a Washington e na ausência de tempestiva apuração do ocorrido com a correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação, não estão dadas as condições para a realização da visita na data anteriormente acordada", diz a nota emitida pelo Palácio do Planalto. A presidente afirmou ainda, na nota, que a decisão foi tomada em conjunto com o presidente americano, Barack Obama. "Desta forma, os dois presidentes decidiram adiar a visita de Estado pois os resultados desta visita não devem ficar condicionados a um tema cuja solução satisfatória para o Brasil ainda não foi alcançada. O governo brasileiro confia em que, uma vez resolvida de maneira adequada, a visita de Estado ocorra no mais breve prazo possível, impulsionando a construção de nossa parceria estratégica a patamares ainda mais altos." Dilma seria recebida pelo presidente norte-americano, Barack Obama, com honras de chefe Estado, tipo de tratamento concedido pelos EUA a parceiros que julgam estratégicos. Na honraria, raramente concedida, o recepcionado é homenageado com vários eventos, entre eles um jantar de gala na Casa Branca (o visitante é consultado sobre o cardápio e suas preferências musicais), uma parada militar e uma visita ao Congresso local. O último mandatário brasileiro a receber esse tipo de convite foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995, recepcionado pelo então presidente Bill Clinton. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou aos EUA em 2009 para tratar da crise financeira global, mas não foi recepcionado com honras de Estado. Ontem (16), Obama telefonou a Dilma no início da noite e tentou demovê-la da desistência. A conversa durou cerca de 20 minutos e foi acompanhada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, com quem Dilma havia se reunido antes da conversa telefônica. O mandatário norte-americano teria se comprometido a enviar documentos à presidente nesta terça-feira. Guilherme Balza Do UOL, em Brasília
Posted on: Tue, 17 Sep 2013 17:50:38 +0000

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