Entenda o que são as Indulgências. Entendemos por indulgência a - TopicsExpress



          

Entenda o que são as Indulgências. Entendemos por indulgência a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que um fiel devidamente disposto e em certas e determinadas condições alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica com autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e nos torna incapazes da vida eterna. Esta privação chama-se “pena eterna” do pecado. Mas o pecado cotidiano ou venial, que possívelmente nem acusamos na confissão, acarreta um apego prejudicial às criaturas e tem como conseqüência uma “pena temporal” e exige purificação, quer aqui na terra, quer mesmo depois da morte, no estado chamado purgatório. Esta purificação nos liberta da “pena temporal” do pecado. As duas penas, a eterna e a temporal, não devem ser concebidas como vinganças infligidas por Deus, e sim como algo que brota da própria natureza do pecado. É óbvio que o perdão do pecado grave, com a restauração da comunhão com Deus, implica a remissão total das penas eternas. Mas podem permanecer as penas temporais mesmo do peado mortal já perdoado. Por isso o cristão há de esforçar-se sem cessar, suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora, enfrentará serenamente a morte. Ele até aceita como graça as penas temporais do pecado. E procurará aplicar-se, mediante as obras de misericórdia e de caridade, como também com a oração e diversas práticas de penitência, a fim despojar-se inteiramente do “velho homem” e revestir-se do “novo homem”. O cristão que deseja purificar-se de seu pecado e santificar-se com a ajuda da graça divina, não se encontra só. A vida de cada um dos filhos de Deus está ligada de maneira admirável, em Cristo e por Cristo, com a vida de todos os outros irmãos cristãos, na unidade sobrenatural do Corpo Místico de Cristo, como numa única pessoa mística. É o que denominamos “comunhão dos santos”, um artigo de fé no Símbolo apostólico. Nesta comunhão existe um laço de caridade e um amplo intercâmbio de bens espirituais entre os fiéis já admitidos à pátria celeste, os que ainda expiam suas faltas no purgatório e os que todavia peregrinam nesta terra. Neste admirável intercâmbio cada um se beneficia da santidade dos outros. Assim o recurso à comunhão dos santos permite ao pecador contrito ser purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas temporais do pecado. A indulgência se obtém pela Igreja que, em virtude do poder de ligar e desligar que o Senhor lhe concedeu, intervém em favor do cristão, abrindo-lhe o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias a remissão das penas temporais devidas a seus pecados. Com isso a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade. Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. (Falecido em 08/05/2009) O autor era doutor em teologia e bispo emérito de Novo Hamburgo.
Posted on: Thu, 11 Jul 2013 17:09:43 +0000

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