Essa é para quem tinha alguma dúvida da posição reacionária e elitista do Jornal do Commercio (PE); trecho inicial do editorial de hoje, 14 de outubro de 2013, segunda-feira, p. 9: “O grito das ruas, que tanto tem causado aflições e perplexidades desde o mês de junho, tem a ver com a Constituição brasileira promulgada há 25 anos. Essa é uma relação que parece imprópria a quem vê as cenas de vandalismo, mas absolutamente pertinente quando à ação predatória dos ‘black blocs’ se antepõe a gesto construtivo dos manifestantes que exigem direitos, fazem o coro da liberdade constitucionalmente protegida e se expressam como membros de uma República participativa. O outro lado, o lado podre da violência, pode até ser doutrinariamente explicado como expressão política de revolta contra o sistema, mas, no momento em que se manifesta destruindo o patrimônio público e depredando bens particulares adquiridos com muito trabalho, passa a ser assunto policial e matéria do Direito Penal.” Limito-me neste momento a 3 objeções: 1. “bens particulares adquiridos com muito trabalho” DE QUEM? 2. Quando na história nacional e mundial o povo conseguiu fazer valer seus direitos atuando integralmente de forma pacífica? 3. Se o regime é democrático, porque o povo está abaixo da Constituição e não o contrário? Porque manter uma Constituição que, embora tenhas seus méritos, é flagrantemente insuficiente aos anseios populares? Nem precisa ser muito bom entendedor para perceber o quão comprometido com as elites exploradoras está este jornalzinho cretino.
Posted on: Mon, 14 Oct 2013 23:19:59 +0000
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