Essa é pra aqueles que usam o maldito argumento vc pensa assim porque nunca aconteceu com você e pra aqueles que ainda acreditam que as táticas de segurança do Estado são para proteger pessoas. Acabei de quase ser assaltado. Em plena Av. Rio Branco, ao desligar uma ligação, um cara em uma bicicleta agarrou meu braço e tentou tirar meu celular. Tomou uma cotovelada, caiu, pegou a bicicleta e foi embora. Duas meninas que estavam perto correram na frente e trouxeram dois policiais militares que estavam com outros 20 ou 30 na frente do Clube Naval. Me perguntaram como era o garoto, qual a cor da camisa, a cor da bicicleta, se usava boné. Eu tinha todas essas informações. Estava super nervoso, mas respondi Não sei. Isso porque no estado que as coisas estão nessa cidade, entregar um assaltante pode ser pena de morte. Avisei que estava de bicicleta para que eles ficassem ligados em quem passasse pedalando por ali. Não tive coragem de falar mais que isso. No caminho, encontrei dois grupos grandes de policiais. Eram cerca de 20 na frente do Clube Naval. Na cinelândia, sem exagero, havia cerca de 60, alguns sentados nos bancos conversando, outros dormindo. O prédio dos milicos e a câmara dos vereadores estavam bem guardadas. Eu, o cidadão, não. E ao invés de me sentir protegido com a ajuda do polícia, tive medo e o primeiro impulso foi o de proteger a integridade física do cara que menos de um minuto antes havia tentado me assaltar. É o que tem pra hoje nessa cidade onde prédios são mais importantes que pessoas.
Posted on: Mon, 28 Oct 2013 23:09:25 +0000
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