"Esse modelo de cidade negócio tem nas principais empreiteiras a gestão da cidade. A CCR administra a barca, a ponte Rio Niterói, a Via Dutra e Via Lagos; a Delta construiu a Transcarioca, o Parque Madureira, o Morar Carioca e o Tribunal do Justiça do Rio de Janeiro; a OAS construiu o Engenhão, Maracanã, Metrô e Linha Amarela; a Odebrecht administra o Engenhão, o Maracanã, o Porto Maravilha, a SuperVia, o Teleférico do Alemão e o Túnel da Grota Funda. Os envolvimentos econômicos são profundos e caros. Os meios de transporte tem a gestão das empreiteiras. Esse modelo de cidade não tem cidadania plena e essa juventude está sem canal de participação direta. Por isso, a gente entende os gritos que brotam dos asfaltos. Acho estranho o ministro da Justiça dizer que vai mandar a Polícia Federal investigar os movimentos sociais. Que tal a Polícia Federal investigar a máfia das empresas de ônibus? Quem diz que é máfia é o Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio. No último relatório do TCM, as empresas vencedoras da licitação tinham o mesmo endereço e o mesmo CNPJ. O TCM diz que há indícios de formação de máfia, eu acho que são provas contundentes. (...) Em São Paulo, o Ministério Público propôs a suspensão das manifestações por 45 dias, e os movimentos sociais fizeram uma contraproposta pedindo para suspender o aumento por esse tempo e a abertura de negociação. Vou provocar, neste mesmo sentido, a Defensoria Pública e o Ministério Público para mediarem o diálogo, propondo a suspensão do aumento da passagem e a discussão mais profunda sobre a política de transporte (...) Nós queremos uma juventude ativa. Não podemos achar ruim a população estar nas ruas neste momento. Quem governa para a Fetranspor não governa para a população", afirmou Marcelo Freixo, nesta quinta-feira (13/6), no plenário da Alerj.
Posted on: Fri, 14 Jun 2013 00:53:13 +0000
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