Eu e meus casos arrumados pela internet. Fato Real (nomes - TopicsExpress



          

Eu e meus casos arrumados pela internet. Fato Real (nomes fictícios). Moça de Família Isabel não parecia ser uma garota muito chegada ao sarro, todas as minhas tentativas de parecer engraçado com ela terminavam entendidas como pura estupidez, nossas conversas que mais rendiam eram aquelas que faziam aflorar minhas rugas e cabelos brancos prematuramente, de qualquer forma eu gostava disso, já que eu podia explorar um pouco mais da minha maturidade, não que eu pensasse que isso tivesse haver simplesmente com o quão serio você consegue ser, alias, considero alguns bons comediantes bem mais próximos do exemplo que eu observaria do que muitos velhos carrancudos que teriam que lubrificar seus maxilares pra tentar sorrir. Diria até que isso levado ao extremo se torna antipatia, mas como quem dita as regras do jogo sempre são elas, manda quem pode, obedece quem tem juízo. O jeito foi “vestir” o personagem e ir pra mais um encontro, era só fingir que não tinha dentes. De cara ela já fez questão de ser bem direta, até mais do que eu esperava: -Olha Kilder, tem um tempo já que a gente vem conversando pelo msn e quero que você saiba que é só por isso que aceitei sair com você, é bom não pensar que teremos mais contato físico alem daquele que já aconteceu na nossa apresentação,pelo menos não nos primeiros cinco ou seis encontros, falo isso porque, bom, confesso que até te achei bonitinho, mas você tem um cara de safado que faço questão de dizer,SOU UMA MOÇA DE FAMÍLIA, então vamos bem devagar rapaz. Me senti como se tivesse uma jaca inteira entalada na garganta, até imaginei que fosse ser legal experimentar um pouco de superação,acho que não preciso dizer o quanto tudo foi formal, saímos pra comer alguma coisa e eu nem arrisquei me sentar do lado dela, tive vontade de pegar em sua mão por baixo da mesa, ou roçar os pés dela com os meus pés de leve, mas fiquei com medo dela se sentir ofendida, me achar abusado, querer chutar tudo isso pra depois do nosso décimo terceiro encontro e se levantar, ir embora,querer socar o meu nariz ou acertar minha cabeça com aquela mala que chamava de bolsa. No fim da noite paguei a conta, dei até uma gorjeta pro garçom pra causar uma boa impressão, fiz a entrega da “encomenda” no seu domicílio e fui embora empolgadíssimo, afinal, um já tinha passado, mais uns 49 encontros e talvez eu pudesse beija-la. Não sei por que diabos no outro dia resolvi falar dela pra minha mãe, mas a conversa se resumiu á uma pergunta simples e uma resposta dela, só quis saber se a conhecia: -A sim,a Isabel a filha da Dona Marta? Claro, é uma moça que tem quatro filhos,cada um de um pai diferente? Acho que é essa mesma, por que filho? Essa foi a hora de regurgitar a jaca,me desculpei com minha mãe depois por ter saído sem falar nada com ela,é que fiquei assustado,a matemática não podia estar certa, já que ela tinha me falado que não tinha nem vinte anos completos,que se dane, de qualquer maneira a expressão que ela usou pra se auto definir “moça de família” fazia mesmo sentido e como era de família,a danadinha já tinha sua prole pessoal prontinha ou quase pronta, faltando apenas o candidato a marido "sortudo", que definitivamente não seria eu, telefone deletado...
Posted on: Sun, 08 Sep 2013 07:26:07 +0000

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