Eu, em minha genialidade de Einstein depois do Alzheimer, costumo - TopicsExpress



          

Eu, em minha genialidade de Einstein depois do Alzheimer, costumo dar meus pitacos para demonstrar toda minha erudição de cais de porto e a magnitude de minha pseudo intelectualóide. Para não fugir a regra, farei uma analogia entre o documentário abaixo e As Professias de Cassandra, da mitologia grega, de onde bebo da agua da vida, que continua rojando da fonte (Grato, Raul): Copie e cole: Cassandra foi uma princesa troiana habilitada desde a infância a ouvir as vozes dos deuses após uma serpente lamber seus ouvidos enquanto ela dormia no Templo de Apolo. Posteriormente, agora uma moça extremamente bela, passou a servir fielmente a Apolo, que se apaixonou por ela e ensinou-lhe os segredos da profecia. Uma vez profetiza, Cassandra negou-se a deitar-se com ele, sendo por isso amaldiçoada: ninguém acreditaria em suas profecias. Dito e feito: prevendo que o Cavalo de Madeira deixado nos portões de Troia causaria a destruição da cidade, alertou seus pais, o rei Príamo e a rainha Hécuba. Não lhe deram ouvidos e Troia acabou sendo invadida e arrasada. Assim, o rótulo Cassandra não se aplica a catastrofistas alucinados que sempre quebram a cara, mas à pessoa que, antevendo a danação se aproximar, adverte, em vão, as futuras vítimas do desastre. Talvez a parte mais estressante dos chamados filmes-catástrofe (terremotos, tubarões, maremotos, piranhas, polvos, aliens e asteroides) não seja a tragédia em si, mas o clichê que a precede: pessoas anônimas, sem grande credibilidade, buscam advertir as autoridades quanto à tragédia iminente, mas, por uma série interminável e previsível de motivos, ninguém lhes dá a mínima. Até que a desgraça desaba sobre os soberbos e, principalmente, sobre os inocentes. Aqui, me refiro ao filme O Sonho de Cassandra. do genial Woody Allen, onde ele disseca de forma sheakesperiana o perfil psicológico de dois irmãos, na realidade uma profunda analogia da sociedade, do comportamento humano. Uma desventura utilizará o símbolo da união e da felicidade dos irmãos como palco para o seu espetáculo. Um desfecho incrível. Incrível, como as amaldiçoadas profecias de Cassandra. Allen envolve o espectador apresentando, quase meticulosamente, a personalidade de cada irmão. Ian Blaine (Ewan McGregor) é dotado de pertinácia, valoriza a aparência e sonha com investimentos em hotéis. Terry Blaine (Colin Farrell) é um homem trabalhador, de personalidade nada complexa, que experimenta emoções intensas nos jogos de azar. Apesar de características explicitamente divergentes, ambos têm algo em comum: o amor pelo dinheiro. O vício de Terry em jogos de azar, que foi tratado de forma bastante sedutora em determinadas cenas, atinge trágicas proporções. Em questão de pouco tempo, o tio dos rapazes entrará em cena. Seria a salvação dos irmãos desesperados? O fracasso torna-se uma ameaça por causa da mente caótica de Terry, o filme atinge o apogeu do horror e promete um final arrepiante. Woody Allen extrai de Colin Farrell uma atuação esplêndida, cheia de amargura e sofrimento. Ewan McGregor está centrado e convincente, talvez pelo fato de interpretar um personagem menos exigente, não brilha tanto quanto Farrell. “Nossa, você pensa que cometemos um ato insólito, mas não foi! A vida humana gira em torno da violência. É um mundo cruel, Terry. Está abalado porque ficou cara a cara com sua natureza humana”. – Explicação pragmática de Ian. RECOMENDO O FILME. E TIREM CONCLUSOES AINDA MAIS APROFUNDADAS. AFINAL, TAL QUAL EM MINHA IRMANDADE, SÃO ESSAS TROCAS DE EXPERIÊNCIAS E TER A CAPACIDADE ( E ESSA TENHO) DE OUVIR E ESCUTAR (NAO É REDUNDÂNCIA) A SABEDORIA CONTIDA NOS DEPOIMENTOS DE MEUS IRMAOS QUE ME PERMITE TER UM NORTE PARA ADMIKNISTRAR MINHA VIDA. GRATO, J.A.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 15:56:08 +0000

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