Eu te abracei com os olhos, quando te vi a primeira vez. Não era como se eu soubesse que faria um livro sobre você, mas alguma coisa no teu riso se encaixava na minha história. Talvez eu pudesse ter passado mais algum tempo observando gestos e detalhando em pensamentos todos os planos feitos em milésimos de segundo, enquanto você caminhava em direção ao desconhecido. Consegue me ver agora, moço? Eu sai correndo na tua frente pra ver se você esbarrava em mim, em algum momento. E esbarrou, e sussurrou, e fez ciranda com o meu mastigado coração. Há quem diga não a essas sensações da vida, de ver alguém, tão ninguém, carregando o teu mundo inteiro em uma barba malfeita e uns acordes exóticos. Respiro aliviada pelas permissões que me dei em entregas até aqui e sorrio pra você presente ou ausente, só pelo fato de me fazer poesia, todo final de tarde. Danrley de Souza (L)
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 16:11:57 +0000
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