FARC propõe proibir criminalização de movimentos - TopicsExpress



          

FARC propõe proibir criminalização de movimentos políticos Havana, 17 set. (Prensa Latina) - A delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) que participa da mesa de conversa com o governo desse país propôs hoje aqui proibir a criminalização dos movimentos políticos, sociais e populares. Segundo as FARC, o direito à subversão, a questionar a ordem capitalista e a exercer a oposição contra as políticas do Estado e do governo, assim como a propor alternativas frente a estas, deverá ser garantido. A insurgência propôs defender a não estigmatização dos movimentos que praticam estes direitos e a anulação de sua criminalização. Ações nesse sentido de integrantes do governo, assim como dos meios de comunicação, merecerão especial atenção e estarão submetidas ao controle social e à observação cidadã, sem prejuízo das ações legais que ocorrerem, agregou a guerrilha. Esta iniciativa faz parte de uma gama de propostas apresentadas pela insurgência sobre a cultura política para a participação, a paz e a reconciliação nacional, assim como o direito ao protesto e à mobilização. O guerrilheiro Marcos León Calarcá, que leu o comunicado das FARC, propôs também a proibição ao tratamento militar do protesto social e popular, além do fim do esquadrão Antimotins e Distúrbios (ESMAD). Além disso, Calarcá propôs a eliminação das doutrinas contrainsurgentes e de "segurança nacional" e o avanço para uma cultura política democrática e participativa. Segundo ele, isto supõe recuperar o valor e o significado da política e tirar dela o desprestígio a que tem sido submetida pela maioria dos partidos e dos políticos profissionais dessa nação. Para isso, serão promovidos processos de formação, educação e comunicação em assuntos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, acrescentou. Calarcá voltou a propor a exigência das FARC de permitir ao guerrilheiro Simón Trinidad que se incorpore à mesa. Trinidad cumpre uma condenação de 60 anos de prisão nos Estados Unidos desde 2004 e foi designado pelas FARC como integrante da delegação de paz. O governo estadunidense não permitiu sua incorporação ao diálogo. Os representantes da administração de Juan Manuel Santos não fizeram comentários quando chegaram ao Palácio de Convenções de Havana, sede da conversa de paz desde novembro de 2012.
Posted on: Tue, 17 Sep 2013 20:55:52 +0000

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