FERDNAND DENIS - OS MAXACALIS - Coleção Ensaio n° 92 Capítulo - TopicsExpress



          

FERDNAND DENIS - OS MAXACALIS - Coleção Ensaio n° 92 Capítulo I - TERCEIRA PARTE Nenhum porto pode receber grandes Veleiros, nem Caravelas. E que seria a atividade da região? A faixa costeira é pouco explorada. O comércio com o interior quase nulo, por falta de comunicações cômodas e seguras. Com efeito, a dez quilômetros do mar deparamos com dois obstáculos: A floresta e os índios. Não há mata mais alta, mais densa, que a das serras ladeando a costa Atlântica. Com a vegetação cerrada e as precipitações enormes que a conservam, a cadeia costeira, de altitude entretanto moderada, constitui um obstáculo que foi por muito tempo, insuperável. Até o início do Século XIX, o acesso aos elevados planaltos só se fazia por velhas trilhas indígenas ou pelos rios, todos eles cortados pelos rápidos. No caso do Jequitinhonha, até 1804, a ligação nem, fora estabelecida. Não se conhecia todo o seu curso. E em qualquer lugar, grupos de aborígenes pertencentes a diversas tribos, entre os quais Botocudo e Maxacali nem sempre mansos: Se os historiadores citam a bacia do Rio Doce como o grande centro de resistência à colonização, os viajantes registram ataques indígenas em diversos vales e AIRES DE CASAL a criação recente, no Jequitinhonha, de Posto Militares "tanto para obstar às invasões bárbaras como para início a novas aglomerações. De fato, em 1819, a conjunção de uma natureza hostil, de condições econômicas desfavoráveis e de medidas administrativas paralisadoras durante todo o Século XVIII (A deliberada recusa de construir estradas, para tornar mais difícil o contrabando do ouro), fazia dessa região um ponto onde a terra brasileira, mal conhecida e ainda marcadamente indígena, conservava quase intactos seus perigos e prestígio. Cont. . . .
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 20:29:02 +0000

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