GENRO TENTA CONSULTA PADRÃO FIFA RIO DE JANEIRO – Ainda - TopicsExpress



          

GENRO TENTA CONSULTA PADRÃO FIFA RIO DE JANEIRO – Ainda anestesiados pela vitória da seleção brasileira sobre a espanhola, no Maracanã, a Barra da Tijuca, zona de boêmia introspectiva e casual, teve três noites de arraial e folia junina. Antanho, no último dia 30, o telequete nacional conquistou a Copa das Confederações em um jogo tenso e cheio de preocupações. No intróito, ao soar no apito inicial do árbitro holandês Bjorn Kuipers, os primeiros dois minutos foram de extrema pressão arterial. Logo, aos trinta segundos de jogo, já podíamos ver o nervosismo dos torcedores brasileiros. Era perceptível o clima de comunhão extraconjugal, num matrimônio pluripartidário. Muitos combinaram, via facebook, usar camisetas da mesma cor. Outros, por sua vez, movimentavam seus esqueletos ao som da congada. Assim, com cinqüenta e seis segundos, um arremesso lateral causou comoção geral. Amigo, aja com o coração, gritou Pimentel. O lateral Marcelo, ao ouvir o chamamento, cobrou o arremesso com a gana dos leões silvestres vindos do sul. Então, em seguida, mais precisamente quando o relógio marcara 19h01min32seg, outro grito se fez presente: “Olha o pão caseiro, o sonho, a rosquinha”. Luís Mauro Trïnden Topisky tinha dado uma majestosa gambeta em sua mulher e na sogra. Estava ali, labutando, translúcido, inebriado, na garra dos fahrenheit. Nesta escala, conseguiu habeas corpus para acompanhar o jogo sozinho, longe de sua família que, naquela altura, prestigiava a disputa final nas poltronas confortáveis do apartamento na Rua Cândido Pia, 57, apartamento 201, bloco B, zona noroeste, diante do melhor Xis da capital. A questão, doravante, estava no ponto de fusão da água em 32 graus. A ebulição, 212 F, tinha ido viajar naquele fim de semana. Quer dizer, a temperatura estava à carioca, num maroto, moleque e atrevido vento brisa sul vindo das espumas vaporizadas de uma Copacabana norte. Por tal, fizemos questão de encontrar Trïnden Topisky nas cadeiras inferiores. Seqüencialmente, após um aperto de mão estilo “Ema, ema, labucha labuê”, fomos atiçados pelo público a fazer silêncio. Porém, não fomos apupados. Dessa forma, antes dos dois minutos, a agonia deu lugar ao choro contido. Rui boné, primo de Cartola, tirou o chapéu e cantarolou versos de seu mais novo samba-emo cord. Mirando o vasto gramadal, este humanal, filho de imigrantes migrados à força, concedeu-nos um aperitivo: “ Lindo confronto de simbologias congruentes. Doutora, tens a leveza dos encantos, a beleza dos feitiços. Cativa-me, na rede, com teu sorriso ditoso”. O malandro carioca, bamba da orgia, imperador cafuringa, lembrou Chico ao relacionar seus versos com a bola cafusa e a medicina médica-medicamentosa. Com isso, diante de tal premonição, a seleção canarim abriu o placar e, posteriormente, fez mais duas ripas na chulipa. Atento, pelas barbas do profeta, alguns jornalistas que permaneciam na zona mista interpelaram-no: “Mas o quê é que só você viu”? Aos borbotões, em meio a um archote, disse que foi, foi, foi, sim, foi ele. O craque da camisa dez quis delibar. Quando eram jogados, redondos, lá no placar, chamando Trïnden Topisky, seu vizinho de cadeira na ala sul do estádio, conjecturou que nenhum escroque iria fazer gatafunhos. Os gols do Brasil foram marcados por Frederico, dois, e Juninho, como se referem a eles alguns familiares. Então, ainda no calor do momento, Trïnden Topisky pediu data vênia. Isto é, queria esclarecer que estava de acordo com suas expectativas. Afinal, achava que a fúria tinha sido amansada na maciota. Contudo, viajando na maionese, como se fora uma mosca varejeira ou um Aedes Aegypti, eis que toca seu celular. Num interurbano via CRT, no outro lado da linha, Marlene Raj Vande, sua sogra, ousou pressioná-lo. “Quando você volta seu desenxabido”? Sem papas na língua, referiu-se a sogra como uma coruja de minerva, afirmou “Ela é do tempo do ariri pinguço, quando a princesa Isabel ainda era paquita; e cadarço”, despistando-nos sobre o teor da ligação. Ademais, enquanto todos grunhiam sobre o tetra, o genro tentara agendar, via telefone, uma consulta para a mulher no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas. Teve êxito. Por fim, ao presenciarmos tal desconforto, partimos rumo ao aeroporto para, dentre breve, pousarmos em Buenos Aires e acompanharmos a semifinal entre os velhos garotos e o galo da meia noite. Genro, desta vez, pegou uma conexão Rio-Belém-Curitiba-Porto Alegre. Chegará na quinta-feira à noite. Entretanto, antes de nos despedirmos, com a alma lavada em sabão de coco, extravirgem, pedimos um azeite de oliva para limpar nosso estômago e regenerar seu fígado. O Fígaro, segundo plácido domingos, não era no sábado, nem miss Sarajevo ou Anitta, mas, sim, o show das poderosas sem bigode. Um padrão conciso e desabrochante. Parabéns, Felipão, pela vitória. Deve-se endurecer, pero, sem perder a meiguice jamais. FONTE: Róiters youtube/watch?v=amMIQWr69ho
Posted on: Wed, 03 Jul 2013 22:32:18 +0000

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