HISTÓRIA DE UBATUBA Ubatuba traz vários episódios, marcos e - TopicsExpress



          

HISTÓRIA DE UBATUBA Ubatuba traz vários episódios, marcos e registros históricos vinculados á própria história do Brasil. Os índios tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios tupiniquins, da região de São Vicente, até a chegada dos portugueses e franceses. Os franceses mantinham relações de escambo com os tupinambás e os incitaram contra os portugueses. Os portugueses mantinham relações de escambo com os tupiniquins e procuravam escravizar os tupinambás. Os tupinambás e os tupiniquins se organizaram formando a Confederação dos Tamoios ( tamoios: os mais antigos da terra) e passaram a enfrentar os portugueses. Foi nesta época que o alemão Hans Stadem ficou prisioneiro dos índios e dessa experiência resultou o livro: "Duas Viagens ao Brasil". Em 1563, os jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta partiram de São Vicente com destino a aldeia de Iperoig com missão de pacificar os índios. Como os tamoios desconfiaram da palavra dos portugueses, Anchieta ficou preso durante vários meses, enquanto Nóbrega voltou a São Vicente para finalizar o tratado "A Paz de Iperoig" ( primeiro tratado de paz firmado nas Américas). Anchieta enquanto prisioneiro escreveu na areia da Praia do Cruzeiro, o cérebre poema: "Poema À Virgem". Com a paz restabelecida, o Governador Geral do Rio de Janeiro, tomou providências para colonizar a área, com a intenção de assegurar a posse para a colônia de portugueses. A aldeia foi elevada a categoria de Vila em 28/10/1637 com nome de Vila Nova da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Os povoadores gradativamente instalaram-se ao longo da costa utilizando o mar como principal meio de transporte. Ainda hoje são encontradas ruínas de fazenda nas planícies, nos recôncavos das baías e enseadas e nas ilhas que defrontam o litoral. A prosperidade das fazendas refletiu nos centros urbanos, onde construções começaram a surgir e pequenas indústrias se instalaram, engenhos de açúcar, serrarias, fornos de olaria, estaleiros e embarcações. Em 1787, o Presidente da província de São Paulo decretou que todas as embarcações do litoral fossem obrigadas a se dirigirem a Santos, onde, aliás, os preços obtidos eram bastante inferiores. A partir dessa pressão do governo, Ubatuba entrou em franca decadência com fazendeiros, abandonando muitos canaviais. Quem ficou, cultivou apenas o necessário para a subsistência. Em 1808, a Família Real Portuguesa, fugindo das tropas napoleônicas transferiu-se para o Brasil devido a pressão dos ingleses que ajudaram na fuga. D. João abriu os portos brasileiros ao comércio estrangeiro e beneficiou diretamente o porto de Ubatuba. O comércio reacendeu suas atividades através do café, recentemente trazido do Norte do Brasil, do ressurgimento dos canaviais, do fumo e dos cereais. O movimento do porto de Ubatuba intensificou-se passando para o primeiro lugar no litoral Norte, ajudado pela estrada da serra que ligava Ubatuba ao Vale do Paraíba, via Taubaté, uma estrada que chegou a ser calçada com pedras naturais para sustentar o intenso tráfego de burros carregados de mercadorias. Inúmeras fazendas se instalaram ao longo da costa, a maioria hoje lembrada apenas pela presença de algumas ruínas ou pelo nome dado a praia ou ao local, Lagoa, Lagoinha ( ruínas do moinho e da fábrica de garrafas), Picinguaba, Maranduba, Jundiaquara, Ubatumirim, etc. Na cidade ergueram-se sobrados que atestavam os recursos fartos dos comerciantes. Hoje sobra apenas o Casarão do Porto, antiga residência e armazém de Manoel Baltazar Fortes; hoje sede da FUNDART - Fundação de Arte e Cultura. Os outros foram demolidos em nome do progresso. Ubatuba viveu seu apogeu no decorrer do império até os primórdios da República. Quando a estrada de ferro D. Pedro II foi construída entre o Rio de Janeiro e São Paulo desviando as exportações do porto de Ubatuba, a cidade entrou em crise novamente. Uma tentativa de construir uma ferrovia entre Taubaté e Ubatuba foi vista com muita esperança sendo importados trilhos da Inglaterra, porém o Governo Federal do Presidente Floriano Peixoto suspendeu a garantia de juros sobre o valor do material importado, provocando a falência do Banco de Taubaté, e, em consequência a da Companhia Construtora. Com o fracasso da estrada de ferro, Ubatuba entrou em franca decadência. A população diminuiu até 2.000 (duas mil) pessoas. A estrada da serra sumiu no meio do mato e o tráfego marítimo foi reduzido a um navio de dez em dez dias, no caminho entre Santos e Rio de Janeiro. Ubatuba virou uma cidade isolada necessitando uma viagem de seis dias para chegar a São Paulo e uma viagem de dois dias de mula para subir a serra até Taubaté. Não havia estrada terrestre ao longo do litoral, e toda a comunicação era feita através de canoas. Uma tentativa de atrair colonos europeus fracassou e tudo que resta hoje é a Estação Experimental ( Horto Florestal ). Depois de várias tentativas e movimentos, foi conseguida no dia 21 de setembro de 1982 uma tentativa nova, ligando Ubatuba a Taubaté. A energia chegou em 1969 depois da instalação da Petrobrás em São Sebastião. Obs. Em 1554 passou de Vila a Distrito e em 28/10/1637 passou a Município, portanto, data de sua fundação. Em 1972 tornou-se COMARCA, por força da Lei Estadual nº 163 de 27/09/1948 passou a Estância Balneária.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 22:48:21 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015