“Hoje foi, certamente, um dos dias mais tristes de minha vida. - TopicsExpress



          

“Hoje foi, certamente, um dos dias mais tristes de minha vida. Quando era garoto, e estudava no CEFET-RJ, ficava escutando as histórias dos professores sobre o protesto contra a privatização da Vale do Rio Doce, dois anos antes. Ainda garoto, eu me emocionava com esses papos, pensando o quanto a autodeterminação era importante para um povo interessado em lutar pelo que é seu. As histórias contadas pelos meus mestres sobre a combatividade do movimento no fim dos anos 90 me levavam a desejar um renascimento desse contexto político e, principalmente, dessa coragem da juventude em combater o fascismo. Depois de quase 15 anos, vejo acontecer, diante dos olhos de milhões de brasileiros, em um golpe transmitido em rede nacional, não milhares, mas milhões de barris de petróleo — milhões de oportunidades de emancipar nossa classe operária produzindo inúmeras espécies de produtos com valor agregado — serem entregues de mão beijada para o imperialismo e seu extenso histórico de agressões aos direitos dos povos. Petróleo que irá patrocinar guerras, rapinas e derramamentos de sangue das massas onde quer que haja recursos naturais. O que diremos para os nossos filhos sobre nossas iniciativas para impedir esse crime de lesa-humanidade? Hoje, uma juventude vermelha deu mostras de sua determinação frente ao cerco da Força Nacional para proteger a entrega de nosso patrimônio. Ainda diante da concretização da venda do campo de Libra, que a gerente de turno — delatora e traidora das massas — Dilma Roussef, prometera em campanha na farsa eleitoral não entregar ao imperialismo, resta em minha consciência a certeza de que nada acabou. De que meu camarada Vitor Ribeiro será libertado e de que “amanhã vai ser maior”. Certeza de que eu, jornalista, cinegrafista, que hoje fiz imagens frias, com problemas de foco e branco, ainda vou ver bravos avanços do povo em defesa de tudo o que é seu — com estabilidade técnica e emocional para me preocupar com a qualidade do que estou fazendo. O que remedia a minha dúvida sobre o futuro de meus companheiros é a certeza de que a luta continua e o petróleo tem que ser nosso!” Patrick Granja, repórter cinematográfico do Jornal A Nova Democracia Vídeo mostrando a luta das massas no protesto de ontem: youtu.be/fK2YDR10IEg
Posted on: Tue, 22 Oct 2013 07:57:09 +0000

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