Hoje foi um dia atípico no Instituto de Artes. Muitos de nós - TopicsExpress



          

Hoje foi um dia atípico no Instituto de Artes. Muitos de nós paralisamos nossas atividades habituais para conversar e debater sobre duas questões importantíssimas (e interligadas): a construção da Biblioteca de Obras Raras (BORA) no gramado em frente ao IA; e as implicações das manifestações que vêm ocorrendo quase diariamente em todo o Brasil. Devido às rápidas mudanças, tanto no gramado quanto no cenário político nacional, a reunião de hoje, bem como as assembleias convocadas para segunda e terça, foram de caráter emergencial. Por isso, não foi possível fazer uma divulgação eficiente a tempo de atingir e informar a todos os alunos. Reiteramos o convite a todos para que continuemos o debate. Essa, aliás, foi uma constatação frequente ao longo do dia de hoje: a necessidade de um diálogo constante entre nós. Para isso, precisamos de espaços que possibilitem essas trocas. Tais espaços têm se tornado cada vez mais raros nos últimos anos, e é perceptível como a interação entre os alunos vem diminuindo. Com apenas um dia de paralisação, avançamos muito. Durante a manhã, discutimos a forma como foi conduzida a construção da BORA (com a presença do Diretor do IA, prof. Esdras). É consenso que não somos contra a existência da biblioteca. Somos contra o local e a forma como as decisões referentes à comunidade acadêmica são dadas. Portanto, optamos pela ocupação do gramado. À tarde, já na ocupação, debatemos sobre as manifestações que vem ocorrendo no Brasil, com a presença de Eduardo Vinagre, do coletivo Juntos, Eli Magalhães, da ANEL, e do Professor José Roberto Zan, da música, o que nos permitiu um aprofundamento nestas questões urgentes. Os acontecimentos em nosso país e no mundo nos levam a perceber que, quando unidos e organizados, temos voz para provocar mudanças efetivas em meio a um sistema que, cada vez mais, não nos representa. Pensando nisso, a ocupação de hoje chama a atenção para a necessidade de espaços de convivência e troca livre para a nossa formação como indivíduos e cidadãos, possibilitando nos organizarmos para ações concretas. As mobilizações não terminarão com o fim do semestre. Em julho, continuarão havendo ações e, em agosto, voltaremos com assembleias para organizações mais estruturadas e menos emergenciais.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 02:45:07 +0000

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