Hoje me sinto negro. © Pablo Pamplona Negro como o luto, - TopicsExpress



          

Hoje me sinto negro. © Pablo Pamplona Negro como o luto, como o sangue de ouro que jorra das entranhas do mundo, dourando palácios, maldizendo a terra de assalariados escravos, negro como o medo e como as costas rasgadas daquele que foge ao mar de ondas negras como o desespero de já não sentir mais a areia sob seus pés. Negro como o vácuo. Hoje me sinto negro como a alma do cavaleiro de uma utopia romântica cercado entre muros e ruínas de uma fortaleza e pela ira fervente de montanhas vulcânicas, como os sonhos expressos no pixo daquele que passa e deixa um negro sinal de uma vida violentada. Negro como as pupilas dilatadas do cara pálida que ferve no caldeirão de barro e espreita a negra tinta no rosto das crias daquelas mulheres vermelhas, negro: como a terra outrora acariciada que acolhe desejosa as golpeadas de dança a uma nova colheita. ~ Pablo Pamplona, set/2013
Posted on: Wed, 20 Nov 2013 15:55:12 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015