Há meia dúzia de dias saiu no Jornal "i" uma excelente - TopicsExpress



          

Há meia dúzia de dias saiu no Jornal "i" uma excelente entrevista de João Ribeiro da Fonseca, ex-presidente da Portugália (companhia aérea), que foi algo escondida pelos media que continuamos a ter. Lendo-se a passagem que aqui reproduzo percebe-se por quê: "(...) O país habituou-se a ser mandado, não sabe fazer mudanças na serenidade? Isso leva-nos a outra sala, que é a de saber história, hoje muito desprezada. A começar pelos políticos, que não sabem história e não querem saber, porque a história deles dura quatro anos, só lhes interessa saber como se chega lá a cima e, uma vez lá, o que fazer para se manter. Se olharmos para a história chegamos a uma conclusão assustadora. Qual? É muito arriscado dizê-lo em público, mas só fomos grandes quando houve alguém a mandar. Afonso Henriques, depois D. João, o primeiro e o segundo, a Independência e os Descobrimentos, Marquês de Pombal e, depois, Salazar. Não interessa agora se Salazar era um malandro ou se o Marquês de Pombal matou à paulada, o que conta é o que ficou. Esta geração foi educada pela sua geração. O que falhou? Não gostaria de entrar muito neste campo... Considero que a minha geração, a que fez o 25 de Abril, é que perdeu. Deixou fazer uma descolonização feíssima porque não houve líderes à altura. Fui capitão miliciano em Angola entre 77 e 79 e sei muito bem que a maioria de nós esteve lá e lutou para que os territórios fossem independentes dentro de um processo civilizado e não de uma forma que considero criminosa. Eu quis fazer o 25 de Abril, era um esquerdista perigoso da minha geração... Depois percebi que não era isto que queria. (...)" Achei piada porque é exactamente isto que aqui, no FB, e em muitos outros meios de comunicação, tenho vindo a dizer desde há longos anos. Perdão, "exactamente" não é bem assim: costumo juntar a estes nomes o de Luiz de Vasconcellos e Souza, por ter sido ele quem meteu os conselheiros de D. Luiza de Gusmão na ordem, ávidos como estavam de chegar-se ao poder após o 1º de Dezembro de 1640. Por isso e por ter ganho a Guerra da Restauração, além de ser sido com ele que Portugal reatou relações com Castela. Foi o 3º Conde de Castelo Melhor, antes de ter sido feito o "upgrade" deste título para Marquês, por D. José I, 46 anos após a sua morte.
Posted on: Sun, 08 Sep 2013 14:16:50 +0000

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