JOGAR LIXO NO CHÃO PODE DAR PROCESSO RIO DE JANEIRO – Terra - TopicsExpress



          

JOGAR LIXO NO CHÃO PODE DAR PROCESSO RIO DE JANEIRO – Terra de bamba, reduto do samba, o quintal de Nelson Rodrigues segue na boa vista. Leblon, bom, pra onde se olha, o enredo emaranhado distribui suas alas, mestre sala e porta bandeira, pois, na cozinha, o repique trouxe nova batida na mesa. Nessa folia, portanto, a viagem começou bem antes, em solo gaúcho. Chegamos na rodoviária por volta das 13h11min e, em ato contínuo, pegamos o aeromóvel até o aeroporto onde, às 14h25min, voaríamos à capital fluminense. E voamos. Decerto, para minha surpresa, Ivo Pitanga trocou de escala e, em seu lugar, sentou-se ao meu lado, na poltrona, Débora Bloclok Nascimento. Três Marias em noite de lua cheia. Ela sabia exatamente os meandros de tudo em pauta. Pronto a trabalhar, assim como ela, descemos no Antônio Carlos Jobim entrevistando o copiloto. “Sei que erramos, mas estamos averiguando”, confirmou pelo bom senso o funcionário. Logo, no horário marcado, a van encostou e partimos ao centro da cidade. Em frente ao largo da Estácio, a roda parou no breque, escuta aí, e avistamos três moleques. Pés cansados, fôlego renovado, o mais exaltado era Edu Melodia Dias, que perdera suas fantasias. O jovem, dezessete anos, queixava-se das atividades culturais na CUFA e Afroreggae. Apontando a apoteose, Melodia fazia referência ao cancelamento provisório das Organizações Não Governamentais devido questões de segurança. “Agora que tava ficando bom, Sá sabe qual é, o Renê inventando a TV do Morro, via satélite, umas paradas sinistras, acontece uma falta de comunicação como essa”, chuleou o aprendiz de cinegrafista. Na verdade, a Central Única das Favelas, CUFA, fechou as portas, no complexo Alemão, em solidariedade ao Afroreggae que teve sua sede incendiada. O agravante, neste caso, é a falta de água na comunidade para apagar o fogo do ressentimento. É o jeito, afinal, Dias estava entediado e criticamente alterado porque, minutos antes, foi multado por jogar lixo chão, indo ao cerne, um palito de dente no asfalto quente. Foi flagrado com a boca na botina, literalmente. Vale ressaltar, todavia, que a lei municipal entrou em vigor no dia de hoje. Desse jeito, embargos declaratórios a fio, dentais ou não, vai Fedex, entregando encomendas no morro. E por que não? O risco está na cabeça do pretérito imperfeito. Enquanto isso, no mais que perfeito, buscamos conciliação no café Colombo. Nas coxas, patrimônio carioca, lembramos Vinicius que, de repente, da calma fez-se o vento, que dos olhos desfez a última chama. Me chama, me chama, nem sempre se tem, avisou Edson Minas e Energias. Seguindo, da paixão fez-se o pressentimento e do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente, ele trocou de página e intercalou Caravana, poeta das vírgulas: “Sirenes, paradas, ô sirenes, ai, que queda, livre, calçadas, as mesmas calçadas, esburacadas dificultam,o,caminhar. Teus olhos são hematomas da alma”. Assim, no aterro do Flamengo, mais pra frente, graças boa vereança, participei de uma pelada amigável no society. Débora coreografava a matéria. Entre fintas, gingas, janelinhas, fiz que fui e torci o tornozelo. Quadradinho de oito, lembramos Romário, Edmundo, Renato, Vavá, Didi, Dadá, Mussum e Zacarias. Enfim, Cabral descobriu o Brasil e ainda governa o Estado por lá. O Cristo Redentor será de fato? Como me disse Mem de Sá, certa vez, “O progresso é a evolução do processo. Notícias da ABL?”. No veredicto parcial, fica a dúvida, certezas da dívida que cessa diante da fúria cega. Na guerra, armas de sambão. Entretanto, recusamos o convite, pensávamos que fosse tarde, e fomos de metrô ao aeroporto. FONTE: Róiters youtube/watch?v=bR9xWbvpUMI
Posted on: Wed, 21 Aug 2013 03:55:00 +0000

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