La nos Confins um casebre em ruínas... Rua São José, nº 383 - - TopicsExpress



          

La nos Confins um casebre em ruínas... Rua São José, nº 383 - Centro - Confins/MG Estas fotos representam de forma surreal o que um dia foi a morada do Sr. Honório Inácio, da Sra. Francisca da Costa Gonçalves e sua família... Tais informações me foram concedidas por um dos filhos, o Sr. Edgard Teixeira da Costa. Quem me conhece sabe que não sou de fotografar arquitetura e paisagens, porem, não sei porque e nem tão pouco se existe algum laço familiar em função do sobrenome Costa, acontece é que no ano de 2011, exatamente no mês de Agosto, fui fazer uma visita ao meu primo Altair Souza e quando vagarosamente eu trafegava por esta rua, seguindo meu GPS intuitivo e o mapa impresso em uma folha de papel, deparei-me com este casebre, não sei porque, mas algo me chamou a atenção... Segui para a casa de Nô, passei uma manhã graciosa ao lado de primos e aconselhamentos espirituais, revivi minha infância e os segredos estabelecidos entre eu e meu Pai, quais eram fundamentados na crença e no respeito a pluralidade dos mundos, do universo paralelo e de que neste mundinho, somos apenas um grão de areia. De volta para casa, neste dia, pelo mesmo caminho, qual descobri que era o único, estacionei minha moto de frente ao casebre e por alguns minutos fiquei observando e sendo observado também, percebi que de certa forma eu esta incomodando, pois afinal um cara desconhecido, vestido todo de preto (Minha roupa de segurança de motociclista) em cima de uma moto de cor preta; uma rua pacata, numa cidade simples e pacata a minha direita um bar, algumas poucas pessoas, outras nos cantos das janelas, algumas crianças, todos me observavam, quando dei a geral percebi que minha curiosidade silenciosa incomodava aquelas pessoas, moradores daquele quarteirão....liguei o desconfiômetro, minha moto e parti..... Dias depois, retornei-me para nova visita ao meu primo Nô, porem devidamente equipado. Na ida ao passar em frente ao casebre, pensei....estou indo mais volto já... Quando retornei, tive o cuidado de manter minhas roupas comuns, antes de qualquer tentativa fotográfica, fui ao bar que fica exatamente de frente ao casebre e com jeitinho, proseando, daqui e dali, recebido pelo Sr. Edgard, pedi autorização para fotografar aquele casebre, ele me disse que era tranquilo, a senha que eu precisava....por 40 minutos fotografei, invadi o lote, entrei no casebre, percorri todo o quintal clicando e me abstendo também; eu acho que nunca respeitei tanto a minha intuição, quanto neste dia. Quando me dei por satisfeito retornei-me ao bar e no viewfinder de minha câmera fui mostrando as fotografias para o Sr. Edgard e em contrapartida ele relatando como era morar ali, no quando era casa e família....um relato ingênuo recheado de alegria, felicidade e muito crescimento, ao mesmo tempo triste, pois tamanha nostalgia na lagrima tímida a escorrer, quando suas lembranças reportavam para um tempo bom de muito verde, flores e animais pelo quintal, pelos frutos das arvores e o ar puro, pelo som dos pássaros e do vento... Percebi que a minha curiosidade pseudojornalistica tinha invadido os Confins de um cidadão simples de coração gigante e que eu só estava de passagem... Passaram dois anos...revendo meus trabalhos pessoais reencontrei este capitulo, selecionei algumas fotografias, quais foram produzidas como experimento em HDR (High Dynamic Range) pra quem não conhece, é uma técnica fotográfica, a grosso modo de empilhamento de imagens com níveis e exposições diferentes agrupadas e manipuladas através de softwares. Porque só agora? Me fiz esta pergunta! É fato que por de trás deste casebre existe uma Historia familiar maravilhosa, porem percebi, mesmo não conhecendo com propriedade o dia a dia desta pequena Cidade conhecida no mundo inteiro, que padece aos pés do "nosso" Aeroporto Internacional, percebo que ela reflete e representa exatamente todos os problemas sociais que assustam e incomodam seus pacatos moradores... Trocando em miúdos depois de ouvir um depoimento de meu primo Luthier Paulo Marcos Aguiar, percebi que a postura dos Políticos que representam os interesses dos cidadãos é muito parecida com a postura do atual proprietário deste lote ou deste casebre... - Cerca o terreno com arame de farpa, passa uma corrente das grossa la na entrada, põe logo dois cadeado pra mode todo mundo vê que tem dono e deixa pra lá, dispois nois vê o que vamo faze! - Data das fotografias: 20/08/2011
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 08:41:15 +0000

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