Livros celebram clássicos do Cinema Nojo: “Evil Dead” e “O - TopicsExpress



          

Livros celebram clássicos do Cinema Nojo: “Evil Dead” e “O Massacre da Serra Elétrica by André Barcinski A editora brasileira Darkside Books, especializada em terror e fantasia, está lançando dois livros imperdíveis para quem gosta de cinema extremo: “O Massacre da Serra Elétrica”, de Stefan Jaworzyn , e “Evil Dead: a Morte do Demônio”, de Bill Warren. Os volumes trazem entrevistas com os diretores, equipe e elenco, além de apreciações críticas dos filmes. Ambos são lindamente ilustrados, com fotos dos filmes e de bastidores das filmagens, pôsteres e reproduções dos roteiros originais. Coisa fina, para fãs de verdade. Se você já viu os filmes, as pesquisas de Jaworzyn e Warren revelam detalhes e curiosidades surpreendentes; se não viu, é uma boa desculpa para conhecer duas das produções mais influentes e marcantes do cinema de horror dos últimos 40 anos. “O Massacre da Serra Elétrica” dirigido pelo americano Tobe Hooper em 1974, é um marco do gênero “jovens estúpidos encontram assassinos seriais em locação remota”. Cinco amigos, em visita ao Texas, acabam vítimas de uma família de canibais liderada pelo sádico Leatherface. Hooper tinha 21 anos quando decidiu fazer o filme. Era do Texas e conhecia bem o senso de isolamento de comunidades remotas do Estado, que pareciam viver à margem da sociedade e onde discussões ainda eram resolvidas na bala ou na foice. Parcialmente inspirado no assassino serial Ed Gein, que também foi o “modelo” do Norman Bates de “Psicose” e do Hannibal Lecter de “O Silêncio dos Inocentes”, Hooper criou o personagem Leatherface, um maníaco que ataca pessoas com uma serra elétrica. Quando o filme foi lançado, os Estados Unidos ainda estavam em meio à Guerra do Vietnã e a um período de total desconfiança no governo e nas instituições. Hooper decidiu divulgar o filme como uma “história real”, usando o argumento de que, se o governo poderia mentir para o país sobre a guerra, ele poderia muito bem contar uma mentirinha sobre um filme. Deu certo: feito com menos de 300 mil dólares, rendeu, só nos Estados Unidos, cem vezes mais, puxado por uma campanha de divulgação sensacionalista e por intenso boca a boca. Ainda hoje, “O Massacre da Serra Elétrica” é uma experiência intensa. O filme tem um ar documental que o torna ainda mais escabroso e assustador. Já “Evil Dead”, dirigido em 1981 por Sam Raimi, 22, retoma o cenário de “O Massacre” – cinco estudantes em uma cabana perdida na floresta – mas com uma novidade: os vilões são eles próprios, possuídos por demônios. Duas das paixões de Raimi – os livros de horror de Lovecraft e as comédias dos Três Patetas – foram as grandes inspirações de “Evil Dead”. A filmagem foi um martírio. Com um orçamento ridículo – 90 mil dólares – as condições de trabalho eram as piores possíveis: morrendo de frio, a equipe teve de queimar móveis para se aquecer, e várias cenas foram filmadas com a câmera amarrada a uma bicicleta para simular a fluidez de uma “steadycam”. O resultado foi tosco, porém engenhoso. Além de revelar Sam Raimi e o ator Bruce Campbell, o filme marcou um dos primeiros trabalhos no cinema de Joel Coen, que trabalhou como assistente de montagem. “O Massacre da Serra Elétrica” e “Evil Dead”: dois filmes baratos, com efeitos especiais de quinta, elencos amadores e dirigidos por moleques de vinte e poucos anos. Hooper e Raimi são prova de que talento sempre importa mais que orçamento. andrebarcinski.blogfolha.uol.br/2013/07/17/livros-celebram-classicos-do-cinema-nojo-evil-dead-e-o-massacre-da-serra-eletrica/
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 21:46:25 +0000

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