Luis Augusto Borges Leão Companheiros e companheiras, Hoje, na - TopicsExpress



          

Luis Augusto Borges Leão Companheiros e companheiras, Hoje, na assembleia do SEPE (sindicato estadual dos profissionais da educação do RJ) vários partidos políticos se posicionaram e expressaram o seu repúdio aos acontecimentos ocorridos na greve da rede municipal do Rio de Janeiro, que culminaram com a truculência da polícia, em comum acordo com a prefeitura e o governo do Estado, criando uma situação que fere os direitos humanos e o Estado de direito democrático instalado neste país há algumas décadas. Diante de mais uma das diversas ausências das direções petistas dos movimentos sociais, como já se tornou uma infeliz normalidade, e com a concordância de alguns companheiros petistas que estavam próximos no momento da atividade, tomei para mim a tarefa de falar em nome do PT. Não daquele partido que integra os governos municipal e estadual. Porém em nome dos petistas que estão nos movimentos sociais, principalmente na educação, e que lutam para que os rumos do PT no nosso estado mude de rota. O curso escolhido, infelizmente, é um trajeto de colisão que rompe o diálogo com grandes contingentes da população do RJ, rasgando o programa histórico do petismo. Especialmente como educadora – muitos de nós continuam lutando para que tais ideais permanecem na trajetória do petismo, não apenas em documentos oficiais, mas na prática cotidiana – lembro-me sempre dos ensinamentos do nosso caro Paulo Freire. E manter-se coerente a tais utopias significa posicionar-se frontalmente contrário à atual política educacional desta prefeitura. Se o PT no Rio de Janeiro hoje encontra-se distante das classes médias, em breve também estará de costas para as classes populares, pois ser conivente com o governo de Eduardo Paes – e também de Sergio Cabral – significa assinar embaixo de uma política que remove os mais pobres, e que relega os mesmos aos empregos mais precários produzidos pelo capital, pois a educação da cidade produz anualmente uma infinidade cada vez maior de analfabetos funcionais. Dessa forma, embora não faça parte da direção municipal do PT-RJ e nem seja coordenadora do setorial estadual de educação, considerei que não poderíamos deixar de expor a nossa visão – e a nossa situação política – sob pena de omissão, da qual também não seríamos poupados. Por isso, fiz a declaração em nome dos petistas da educação, aguentando firmemente, assim acredito eu, as vaias que ecoaram por todo o auditório do Clube Municipal. Esta atitude não se tratou de uma mera performance. Espero que ela contribua para os desdobramentos necessários no interior do PT. Não adianta mais ficarmos nos lamuriando sobre os rumos atuais do nosso partido. Ele nos pertence. Devemos tomar o partido em nossas mãos. Assim, permanecendo como petistas, não podemos mais nos eximir de exercer uma forte pressão política sobre os diretórios municipal e estadual. Embora algumas notas de crítica e de repúdio tenham sido lançadas – e elas são extremamente positivas – o momento agora é outro. E, por isso, estas atitudes são insuficientes para um partido que dirige o Brasil, e quer transformá-lo profundamente. Espero que o desgaste sofrido por mim na assembleia deste dia 4 de outubro, ajude-nos a construir consequências para o nosso crescente, e quase insuportável, descontentamento. Assim sendo, encaminho para a discussão entre os companheiros do setorial de educação, e de todos os petistas interessados, as propostas a seguir. Que o setorial de educação do estado do Rio de Janeiro, através do seu coordenador, encaminhe ao diretório municipal desta cidade, com cópia, formalmente entregue, aos diretórios estadual e nacional: 1. O pedido de abertura de comissão de ética para os vereadores Elton Babu, Zanata e Marcelo Arar, visando a expulsão dos mesmos, visto que votaram contrariamente as reivindicações dos educadores da rede municipal do RJ em greve, não dialogando com os petistas e desrespeitando a decisão do setorial de educação; 2. A solicitação de convocação imediata de uma reunião do diretório municipal do RJ pautando a crise da educação nesta cidade e a proposta de saída imediata do Partido dos Trabalhadores da prefeitura de Eduardo Paes; 3. A presença do vice-prefeito, Adilson Pires, em reunião com os petistas para que o mesmo explique a sua atuação nestes acontecimentos; Para alcançar estes objetivos, espero que todos nós nos desdobremos em um grande esforço coletivo, pois não é mais possível que os militantes petistas, ainda presentes nos movimentos sociais, continuem sendo desrespeitados e não sejam mais ouvidos pelo partido, embora ainda mantenham e levem nos mesmos a bandeira do PT. Espero que este texto, escrito no calor dos acontecimentos, contribua para o debate mais do que urgente sobre o futuro do Partido dos Trabalhadores no RJ. Saudações petistas, Izabel Cristina Gomes da Costa. Curtir (desfazer) · · Seguir publicação · há 14 horas próximo a Rio de Janeiro
Posted on: Sun, 06 Oct 2013 15:49:49 +0000

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