Língua portuguesa Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A - TopicsExpress



          

Língua portuguesa Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. A parte sul do Reino da Galiza se tornou independente, passando a se chamar Condado Portucalense em 1095 (um reino a partir de 1139). Enquanto a Galiza diminuiu, Portugal independente se expandiu para o sul (Conquista de Lisboa, 1147) e difundiu o idioma, com a Reconquista, para o sul de Portugal e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.3 O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas . O português é uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra. Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. Entretanto, o idioma é também largamente utilizado como língua franca nas antigas colónias portuguesas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial,5 6 7 Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África. Além disso, por razões históricas, falantes do português são encontrados também em Macau, no Timor-Leste e em Goa. O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac. Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável". Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo. A história da língua portuguesa é a história da evolução da língua desde a sua origem no noroeste da península ibérica até ao presente. Em todos os aspectos - fonética, morfologia, léxico e sintaxe - o português é essencialmente o resultado de uma evolução orgânica do latim vulgar trazido por colonos romanos no século III a.C., com influências menores de outros idiomas. O português arcaico desenvolveu-se no século V d.C., após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras, como um dialecto românico, o chamado galego-português, que se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno dá-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco do seu início. A normatização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros. A partir do séc. XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente em Portugal, abrangendo o português europeu e o português internacional. Em 1990 foi firmado um tratado internacional com o objetivo de criar uma ortografia unificada, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. A norma do português do Brasil é diferente da norma usada em Portugal, nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), Timor-Leste e noutros territórios asiáticos (Macau, Goa, Damão, Diu). A escrita reflecte naturalmente essas diferenças: fonéticas, lexicais (vocabulário), morfo-sintácticas (construção da frase/sentença) semânticas e pragmáticas. • As diferenças ortográficas: são as que saltam imediatamente à vista e as que, aparentemente, podem criar mais problemas. • As diferenças lexicais: veja-se o caso de autocarro (Portugal) e ônibus (Brasil). Ora, daqui decorre que, havendo designações diferentes para uma mesma realidade, as entradas ao serem grafadas numa das formas (por exemplo, sistema operativo ou astrónomo) anulariam qualquer pesquisa feita na outra grafia (p. ex. sistema operacional ou astrónomo). Este problema pode ser resolvido desde que cada um crie uma entrada remissiva com a grafia alternativa. Ajuda se cada membro da comunidade conhecer minimamente as diferenças entre (ou no interior) das normas; e pode-se sempre colocar alguma dúvida que se tenha sobre o assunto à wiki comunidade. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) celebrou um acordo ortográfico que minimizou -- mas não eliminou por completo -- as diferenças entre as duas normas. A gramática do português também não é una, nem única. Respeitando, no entanto, "regras gramaticais" comuns e usando um nível de discurso minimamente cuidado muitas das diferenças podem ser atenuadas. Sobre o projecto de acordo veja as seguintes remissões: • ipol.org.br/ler.php?cod=130 • iilp-cplp.cv/pdf/iilp/acordoOrtografico.pdf • ciberduvidas.sapo.pt/controversias/69.html De qualquer forma, o que se passa com o português não é caso único. Noutras línguas de expressão universal passam-se fenómenos semelhantes. O exemplo mais aproximado talvez seja o do inglês -- que tem versões britânica, americana, australiana, entre outras. É um argumento incorrecto dizer que a Língua Padrão é aquela que se fala nos países de origem da língua. É incorrecto, entre outras razões, porque muitas vezes os idiomas sofrem grandes mudanças nos próprios países de origem, sendo as outras versões as que mais traços conservam do idioma tradicional. É o que se passa, em certa medida, entre a Inglaterra e os Estados Unidos. No entanto, a Wikipédia não tem que ser escrita em "português padrão", conceito desprovido de qualquer base científica. Essa designação serve apenas para aludir à variante regional adoptada por razões burocráticas, como a língua-padrão normativa do País, e confunde-se muitas vezes, historicamente, com a língua falada pelas camadas cultas numa determinada área geográfica. No futuro, a Wikipédia terá cada entrada (os títulos dos artigos para redirecionamento, não os artigos em si) escrita nas principais variantes do português.
Posted on: Wed, 21 Aug 2013 15:57:06 +0000

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