MEUS REPRESENTANTES: Ocupa Cabral, amanhã vai ser maior A - TopicsExpress



          

MEUS REPRESENTANTES: Ocupa Cabral, amanhã vai ser maior A "favelinha" de milhões e a guerra de imaginários Na madrugada de hoje, o Ocupa Cabral decidiu levantar acampamento "foi uma decisão estratégica, todos precisam estar focados e bem preparados para o dia 7 de Setembro", diz um dos ocupantes. Em meio a pedradas da grande mídia e do vandalismo estatal, os afagos de Caetano Veloso fazem brilhar os olhos daqueles que ergueram um castelo de lona no metro quadrado mais caro do Brasil durante 40 dias. O valor da área é calculável, mas é inestimável o simbolismo da ocupação de 470 metros quadrados, dos quais cada um custa no mínimo 25 mil reais. Chamada por alguns de favela, a Ocupa Cabral tomou de assalto o coração da corte carioca no dia 28 de junho. E se aqueles que chamam a ocupa de favela o fazem buscando ressaltar seu potencial de contraponto político, propondo alternativas de dentro para fora, os manifestantes agradecem o elogio. A esquina da Delfim Moreira com a Aristides Espíndola não é mais a mesma. Intitulada de Ocupa Cabral, a ocupação no canteiro mais próximo ao prédio do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, estimulou que movimentos de toda a cidade mantivessem suas bandeiras erguidas. Os cerca de 25 ocupantes fizeram estremecer a figura de Cabral, que chegou a implorar em nome de seus filhos pela desocupação do local - revindicação que, por motivos óbvios, não foi atendida. Esquecendo dos filhos de Amarildos em nome de suas crianças de apartamento, as declarações de Cabral acabaram por fortalecer os manifestantes e as faixas de protesto se replicarem pela cidade. Barricadas de ferro, caveirão, camburões, tropa de choque, balas de borracha e bombas - muitas bombas - foram utilizadas para desmantelar tentativas de ocupação da área. Mas a repressão policial não impediu a consolidação da ocupação. Apesar de estarem acampados no meio de duas movimentadas vias, sob os efeitos do vento que vem do mar, sua resistência se mostrou mais forte que as forças de segurança de Cabral: hoje, apenas duas viaturas se encontram no local e o quarteirão onde mora o governador não está mais bloqueado por grades de ferro. Momentos emblemáticos poderiam descrever a ocupação, como a partida de futebol na rua entre o time do Ocupa Cabral e do Black Bloc, no intitulado estádio Delfim Moreira (aka Cabralzão), ou o teatro em volta da fogueira na praia em que o helicóptero de Cabral termina em chamas. Diversas aulas públicas e assembléias populares, que varam a madrugada dão o tom da ocupação, que também recebeu atos de outros pontos da cidade, como o que desceu da Rocinha até o Leblon para gritar na porta do governador: “Cadê o Amarildo?” Para não deixar despencar mais sua taxa de aprovação de 12%, o governador voltou atrás nas decisões de demolição do Parque Aquático Julio Delamare, do Estadio de Atletismo Celio de Barros e da Escola Municipal Friedenreich e abriu o processo de diálogo sobre o futuro da Aldeia Maracanã - amplamente criticado pela resistência indígena. Além disso, Cabral precisou permitir a permanência da ocupação pelo tempo que quiseram, não teve legitimidade para remove-los. E ainda há boatos de que o governador está de mudança. Os manifestantes seguem firmes de sua postura, vitoriosos, em clima de confraternização migrando toda estrutura do acampamento para o Ocupa Camara Rio.
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 10:42:28 +0000

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