Maior que mostrar indignação à hostilização sofrida pelos médicos que vieram de Cuba é ter clara esta compreensão explicitada por Eduardo Marinho: "O assunto é de extrema importância. As atitudes escrevem o que somos, não é difícil fazer essa leitura. Cada um diz o que é com suas atitudes, suas ações e reações, suas interpretações e formas de se relacionar, com pessoas, coisas, coletividades, acontecimentos... A medicina local tornou-se desumana com o predomínio empresarial, como tudo na sociedade, mas com a grandeza que exige essa área do sofrimento humano, onde se trata com fragilidades e necessidades urgentes. Cansei de ver atos e acontecimentos absurdos, nas poucas vezes em que precisei de alguma coisa da "saúde pública". Muito mais ouvi de bagaceiras hediondas, em muitos lugares e em toda parte. A medicina cubana apavora por ser humana, solidária, desinteressada em lucro. O paciente é o foco e suas necessidades devem ser supridas, independente de qualquer outra coisa. Daí o ódio da medicina mercenária, que deixa à míngua os mais pobres. Os egoístas não entendem, não aceitam nem acreditam na solidariedade verdadeira; os arrogantes repelem a humildade, confundindo com humilhação, em sua cegueira. Qualquer bandido odeia quem o denuncia. Sem dizer nada, a medicina cubana denunciaria o descaso com a vida humana do sistema de saúde vigente na sociedade brasileira. Muito bom o artigo - embora um pouco em academês, sem exagero. cartamaior.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=1306
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 23:21:40 +0000
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