Mais 4 anos de governo federal petista e não teremos mais meros miseráveis sem estudo suficiente pra entender piadas: teremos apenas meros miseráveis, num país sem piadas. Porque a patrulha das políticas assistencialistas, agora em que conseguiu boicotar a candidatura da Marina Silva à presidência e agora em que está levando pra frente o projeto absurdo de cota pra neg.. negados históricos afrodescendentes em concursos públicos, percebeu que todos os bons humoristas na verdade são maus. Tudo playboy escolado nos EUA, obviamente com parentesco direto, tipo fraternal, com cada médico coxinha que estraga o SUS. De repente até recebendo grana dos judeus fdp que mandam em Washington (senhores guerrilheiros, depois analisaremos se, a partir disso, já estão autorizadas chacotas sobre o Holocausto. Beijos, Lula e Rosemary). Claro que é muito mais cruel caçoar do contexto do favelado, do índio ou do crente do que deixar de investir em saneamento básico, ir lá e legitimar terra grilada ou condenar judicialmente os pastores estelionatários. Se o problema não está na governança, deve estar no CQC. Fica até difícil admitir que, de um modo ou de outro, somos todos representantes de pelo menos uma minoria: o cara tem nível superior, mas é gaúcho; a menina é inteligente, mas tem deficiência física; nós somos jovens, mas alcoólatras. Falando sério: rir de nós mesmos e também dos outros não perpetua preconceitos históricos; ao contrário: aproxima os diferentes sociais e melhora a convivência. O humor é uma ponte, um canal e um aperto de mãos. Choro é pelo Jô Soares: vai ter que operar o milagre de se tornar mais egocêntrico ainda pra, ignorando os próprios obesidade e gayzice, tirar leite de pedra e contar hipóteses engraçadas apenas sobre o fato de ser branco, de falar várias línguas e de ter estudado na Suíça. Assim pode. Revolta popular preferencia debochar de supostos ricos, cujo sangue azul blinda o coração da mágoa e da ofensa. -- Liberdade irrestrita de expressão é um bem civil muito mais sagrado do que o melindre. Defendo o direito de um indivíduo poder falar o que pensa, independentemente de quem for atingir - tanto faz se o rapaz a quem Danilo Gentili, semana passada, pra encerrar uma discussão sobre por que fazer piadas sobre negros, disse: Quantas bananas você quer pra pararmos por aqui? ou se Alexander de Almeida, o rei do camarote, auto-humilhado e humilhado por geral logo depois. Caso a coisa extrapole pra violência, não será mais humor, será violência - e então há os meios legais de punição. Tenho certeza de que, numa coletividade bacana, o único limite de uma piada deveria ser a própria graça.
Posted on: Wed, 13 Nov 2013 21:19:13 +0000
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