Mercosul Linguístico e Cultural por Joachim Born (08/11/2003) O - TopicsExpress



          

Mercosul Linguístico e Cultural por Joachim Born (08/11/2003) O estado brasileiro mais meridional é de um lado o único estado brasileiro – ao lado do Paraná – que confina com dois outros países mercosulianos: o Uruguai e a Argentina, e, de outro lado, o Rio Grande do Sul representa, como num microcosmo, uma variedade de contatos lingüísticos que podem ser tomados como exemplares em todo o Cone Sul 1. Globalização e organizações inter-, multi- ou supranacionais A globalização mundial tem como efeito que instituições e organizações inter-, multi- ou supranacionais desempenham um papel cada vez mais importante em nossa vida cotidiana. No leste da Ásia existe a ASEAN, no Ca­na­dá, nos Estados Unidos de América e no México há a NAFTA/ ALENA ou TLC. Na Europa funciona a União Européia (UE) e – last but not least – na América do Sul foi criado o Mercosul baseado nos estados membros Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Todos esses organismos têm uma coisa em comum: Eles têm uma origem pluri­nacional e multilingüe de seus parceiros. Quase não há países monolingües, quer dizer, sem minorias étnicas, culturais e/ou lingüísticas, nem na Europa (talvez Islândia, que não é membro da UE, o as Ilhas Faroé, que não são independentes), nem na Ásia, na Austrália, na África e, tampouco, na América, muito menos há instituições internacionais monolingües. A convivência condiciona um entendi­men­to nas próprias instituições (p.e. regulamentações político-lingüísticas) e gera, sobre tudo, uma grande quantidade de possíveis situações de contatos lingüísticos entre dois, três ou ainda mais mulheres, homens, pessoas, famílias, grupos profis­sionais, tribos, etnias, comunidades, nacionalidades, nações, povos ou quer que seja expressão atualmente aceitável pelo gênio da época do lingüísticamente cor­reto. 2. A imigração nos estados meridionais do Brasil Neste artigo não queremos referir problemas da comunicação institucional, mas gostaríamos de concentrar-nos num estado da República Federativa do Brasil que geográfica e lingüísticamente ocupa uma situação singular no Mercosul: o Rio Grande do Sul. O estado brasileiro mais meridional é de um lado o único estado brasileiro – ao lado do Paraná – que confina com dois outros países mercosulianos: o Uruguai e a Argentina, e, de outro lado, o Rio Grande do Sul representa, como num microcosmo, uma variedade de contatos lingüísticos que podem ser tomados como exemplares em todo o Cone Sul. Nos permitimos outra comparação com a União Européia: este organismo supranacional tem no momento quinze estados membros e reconhece no momento, ao lado dos onze idiomas nacionais oficias, trinta-e-nove línguas minoritárias sobre uma população estimada de uns 365 milhões de habitantes. O Rio Grande do Sul, com uma população de aproximadamente 10 milhões de habitantes, está caraterizado quase pela mesma quantidade de alóctones. Aqui se misturaram as primeiras nações, isto é os povos índios dos guia­nás, tupi-guaranis e charruas, com os primeiros colonizadores da Espanha e do Portugal, com os escravos africanos „importados“ por eles e imigrantes posteriores da Europa e da Ásia que fundaram a partir do século XIX suas próprias „colônias“.[1] A „Enciclopédia Rio-Grandense“ que data dos anos 1956 até 1958, mas ainda hoje impressiona por seu caráter universal, naturalmente dedica capítulos às minorias relativamente bem estudadas como os alemães e os italianos, mas também contém descrições de nacionalidades não tão presentes em nossa percepção como espanhóis (Gómez del Arroyo 1958), franceses (Spalding 1958a e 1976), uruguaios (Spalding 1958b), poloneses (Gardolinski 1958), letões (Linck (1958), „sírios e outros imigrantes árabes“ (Becker 1958), libaneses (Creidy 1958), açorianos (Laytano 1956), portugueses (Laytano 1958), judaicos (Back 1958) e índios (Chiara 1956, Jae­ger 1956). Não mencionam-se nesta enciclopédia migrantes russos, ucranianos, japoneses, chinos e africanos que cada um forneciam a sua contribuição, a sua faceta ao conglomerado plurilingüe e multicultural que hoje é o Rio Grande do Sul.[2] 3. A realidade constitucional e a realidade cotidiana Duas formas de regulamento de bilingüismo e multilingüismo são possíveis. Primeiro, uma língua é a (única) língua oficial; segundo, duas ou mais línguas coexistem na comunicação formal e informal, nos comunicados orais e escritos. À primeira vista, a situação dos estados que formam o Mercosul, neste sentido, parece pouco prob­le­mática na área da comunicação formal: ao consultar as Constituições da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai, não encontramos muitas referências em relação ao problema da convivência de vários idiomas. Apenas o Brasil, o Paraguai e – na sua última redação – a Constitución Argentina es­pe­ci­ficam a questão lingüística. Nenhum dos 332 artigos da Constituição da República Oriental del Uruguay se dedica ao problema lingüístico. 3.1 Paraguai Desde os tempos dos primeiros trabalhos sociolingüísticos do Fishman, o Paraguai sempre é considerado um país completamente bilingüe[3]. Isto é um mito e nem sequer a própria Constituição reconhece plenamente direitos completamente iguais aos cidadãos indígenas (Melià 1988). Enquanto que a Constituição da República do Para­guai do ano 1967 no 5° artigo da constituição paraguaia de 1967 disse que „Los idiomas nacionales de la República son el español y el guaraní. Será de uso oficial el español“ e no artigo 92 precisou: „El Estado fomentará la cultura en todas sus manifestaciones. Protegerá la lengua guaraní y promoverá su enseñanza, evolución y perfeccionamiento“, a nova constituição do ano 1992 anuncia no artigo 140 que „El Paraguay es un país pluricultural y bilingüe. Son idiomas oficiales el castellano y el guaraní. La ley establecerá las modalidades de utilización de uno y otro. Las lenguas indígenas, así como las de otras minorías, forman parte del patrimonio cultural de la Nación.“ e garante no artigo 63: „Queda reconocido y garantizado el derecho de los pueblos indígenas a preservar y a desarrollar su identidad étnica en el respectivo hábitat.“ 3.2 Argentina Na Argentina, só na Constituição do ano 1994 foram estabelecidos direitos para alófonos. O artigo 75, inciso 18 define como metas „Reconocer la preexistencia étnica y cultural de los pueblos indígenas argentinos. Garantizar el respeto a su identidad y el derecho a una educación bilingüe e intercultural; reconocer la personería jurídica de sus comunidades, y la posesión y propiedad comunitarias de las tierras que tradicionalmente ocupan; y regular la entrega de otras aptas y suficientes para el desarrollo humano; ninguna de ellas será enajenable, transmisible ni susceptible de gravámenes o embargos. Asegurar su participación en la gestión referida a sus recursos naturales y a los demás intereses que los afecten. Las provincias pueden ejercer concurrentemente estas atribuciones.“. 3.3. Brasil E – para terminar este panorama comparativo: O Brasil decretou na sua constituição de 1988, no artigo 13, que „a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Bra­sil“, mas no artigo 210, parágrafo 2 concede que „O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e pro­ces­sos próprios de aprendizagem“ e até adianta no artigo 231 que „São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições…“. 3.4 Medidas do Mercosul Depois da ratificação dos acordos do Mercosul foram feitos muitos esforços para aprender-se a respectiva língua do país vizinho (Dromi 1996)[4]. Isto quer dizer que, no Brasil, o espanhol tornou-se a primeira língua estrangeira e, na Argentina, bem como no Uruguai, as aulas de português ingressaram nos diferentes níveis da formação elementar ou na especialização. Cientistas de todos os países do Mercosul estão representados no Grupo de Montevideo; estes devem discutir e dominar as necessidades político-lingüísticas dos processos de integração levando em consideração as minorias que aclimataram-se.[5] 4. Autoctonia vs. exoctonia Se nota em seguida que não há nenhuma menção de qualquer língua de imigrantes europeus, asiáticos ou africanos. Neste sentido as constituições americanas podem ser comparadas com as da Europa que na sua maioria preponderante limitam qualquer tipo de proteção às minorias autóctones. Quer dizer, que outras comunidades (hoje em dia convertidas em permanentes) não gozam de estatus especial, nem na Alemanha, nem na França, nem na Grã-Bretanha: operários imigrados como turcos, curdos, árabes, berberes, sem falar dos imigrantes do Caribe, da África Negra ou da Ásia que lembram um passado imperial e colonial europeu. Sem menosprezar o valor ou a importância da herança autóctone ou indígena: A realidade lingüística de todos os dias está caraterizada mais pelos contatos entre povoação majoritária e povoações minoritárias exóctones ou, também, pelos contatos entre várias povoações minoritárias exóctones. Lingüísticamente estes contatos levam a um adstrato lexical que é muitas vezes limitado a um „adstrato cultural“ ou a um „adstrato folclórico“ que reflete o prestígio que uma língua em contato exerce na sociedade de uma comunidade lingüística. 5. Esferas de „culturação“ (inculturação, aculturação, transculturação) e multiculturalismo Û multilingüismo O termo inculturação é empregado desde os anos 50 pela antropologia cultural e pela teologia e serve para descrever a entrada de uma cultura em uma outra cultura. Neste sentido, originalmente a Igreja Católica respeitava características regionais, para esta integrarem-se, na filosofia de credo por ela representada. Isto significa, de certo modo, uma associação entre substrato e superstrato: a língua, cultura ou religião, que se sente vencedora, renuncia, de certa forma, à „vitória completa“. Sob aculturação entende-se à grosso modo, exclusivamente um encontro direto ou indireto de culturas bem como a incorporação de elementos culturais, que podem provocar reações como medo ou insegurança. Para a aculturação é necessário vontade de aprender, já que os emigrantes devem se igualar aos povos de contato. Precisamente com relação ao Brasil, o termo „aculturação“ é central, ele já tendo sido utilizado nos anos 40 nos estudos de Emilio Willems para descrever os processos de adaptação social de, entre outros, emigrantes alemães ao novo mundo de contato (Willems 1940 e 1946). De qualquer maneira o processo de aculturação mostra mais componentes pessoais como disposição a captação, mobilidade, personalidade ou capacidade de aprendizado do que o processo de inculturação que é mais dependente de condições sociais (Willems 1946, 52 e 264). Multiculturalismo possui uma considerável amplitude de definições. Razoável para a ocupação lingüística - de maneira especial, com o fundo América Latina - intercultural aparece sempre, quando comunidades multilingües são descritas, sem prejuízos para o fato de que trata-se de uma maioria ou minoria autóctone ou exóctone, indígena, hispanófona, lusófona ou alófona. E o nosso (no sentido de lingüista) objeto de pesquisa finda - mesmo que nós nos entendamos como cientistas culturais - quando de uma sociedade multilingüe nasce uma sociedade monolingüe, ou melhor dizendo a pesquisa deve ser realizada necessariamente numa „interdisciplinaridade“ metodológica: um conjunto de lingüística variacional, dialetologia e sociolingüística. Do mesmo modo, o problema de uma uniformidade lingüística é teórico: tanto na Europa como na America o declínio do multilingüismo autóctone é compensado sempre pela entrada de novos cidadãos alófonos. O Brasil, principalmente o Rio Grande do Sul, tem uma grande proporção de sociedades multilinguais, nas quais a língua inglesa como língua direta - observa-se pela influência através da televisão e do cinema não dublado - é um caso aparte: não existem minorias que falem inglês. Entretanto, como veremos a seguir, o inglês como adstrato cultural influencia ativamente o português gaúcho muito mais do que o meio de contato (direto) „alemão“ que é dominado por quase 2 milhões de pessoas. Por vezes é utilizado o termo transculturação para descrever os processos de contatos culturais, os quais servem, na aula de língua estrangeira, para uma ampliação dos horizontes, a aceitação dos outros sem perda da identidade e uma renúncia do pensamento etnocêntrico, diga-se eurocêntrico, no âmbito das competências transculturais.[6] 6. Interferências lexicais A seguir, vamos apresentar uma série de interferências no léxico da maioria lusófona do Rio Grande do Sul provenientes de um leque bem variado de idiomas-da­do­res. Os exemplos aqui mostrados principalmente são tomados de jornais como Zero Hora, Correio do Povo, NH ou alguns dos periódicos gaúchos de menor difusão ou copiado de qualquer tipo de „literatura cinzenta“, isto é, cardápios, out­doors, folhetos, programas, entradas etc.[7] 6.1 Empréstimos ingleses A língua que fornece o maior número de empréstimos é – como no resto do mundo ocidental, hoje em dia – o inglês que predomina domínios inteiros de expressão „moderna“. Alguns lexemas já se adotaram à ortografia portuguesa como p.e.: locaute, blecaute, teipe, nocaute, jipe, bazuca, estresse, esquete, time, estande craque, ringue, contêiner, ro­bô, gangue, gângster, clipe, cartum, debênture, lí­der, recorde, pênalti, buldogue, ble­fe, slides, tíquete, cânion, flerte, destrôier, náilon, fã/s, boicote, clã, suéter, cardigã, zíper, pôster cau­bói, pôquer, coquetel, escrete, grogue ou dândi; A maioria dos anglicismos, no entanto, fica invariada, especialmente nas áreas da gastronomia (sobre tudo „fast food“) como cheese/xis/x (® xburger!), hambúrguer, iceberg, fast food (‘restaurante’), happy hour, ket­chup, (linha) light, diet, drinque, uísque, scotch, blend, bitter/s, gim, san­duíche, milk-shake, hot dog, ros­bi­fe, one way, sundae, panqueca, cream cra­ker, frozen yogurt, self service; ou a completa terminologia anglizante do McDonald: quar­te­rão (‘quar­ter pound­er’), McFish, Mc­Coo­kies, McBacon, McChicken, McNuggets, Cheddar McMelt, McEntrega (‘tele-entrega’), McOfertas Mc­Lan­che Feliz, McFri­tas e o apogeu anual do McDia Feliz, Nuggets (‘frango empanado’); o na área do trânsito e turismo: a freeway, night-and-day (‘para estacionamento 24h’), city tour, sight-seeing tour, shuttle, a van, drive thru, motel, air-bag, box/es (de emparque), picape; na área da roupa/moda/cosmética: fashion, bodysuit, bodies, bodyman, look, homewear, shampoo, dry clean­ing, blazer, nylon, jeans, boxer, slip, underwear, babydolls, peeling, náilon, spray; na área da eletrônica/tecnologia: walkie-talkie, high tech, free­zer, (vídeo-)tape, pager (‘bip’), paging (‘telecomuni­ca­çõ­es com radiochama­da’, ‘sistema de transmissão de mensagems que sucedeu os antigos bips’), zoom, tecnologia free-sizing, walkman, citygate; quase a inteira terminologia dos mundos virtuais da computação: software, hardware, shareware, bug (‘de­fei­to’), plug and play, upgrade, smart card (‘cartão inteligente’, ‘espécie de bilhete eletrônico que acu­mula cré­di­tos’), hacker (‘pirata de computadores’), browser (‘na­ve­ga­dor’), homepage, mirroring (‘es­pe­lha­men­to’), applets (‘soft­ware necessário pra executar uma determinada função na In­ter­net’), scanner, site, disquete, user name (‘nome de usuário’), user-friendly, newsgroup (‘bate-pa­po’), winchester, drive, minigame, chat, online, chip; da mídia: videogames, show, game show, showman, talk show, showbusiness, supporting cast, cas­t­ing, headfones, on line, western, free-lance, trunking (‘tele­co­mu­ni­ca­ções com móvel especializado’), toll-free, drag queen, flash/es, flashback, lay-out, way of life, fax, news­letter, outdoor/s, zapping, zine, fanzine (‘fo­lhe­to’), (a, o) re­pór­ter, a bookstore, darling, big na­mes, pocket book, suspense, soap rap (‘novela sem fim’), happy end, pay-per-view, spot, teleprompter; ou da música: funk, funky, jazz, jazzy, blues, blues singer, bluesy, rhythm’n’blues, heavy metal, reggae, soul (music), soulman, gospel, dance-music, rock, ska (core), dancehall, ra­ga­muf­fin, world music, country, (gang­sta, gângster) rap, rapper, (new) gothic, punk (rock), brit pop, pop rock, back­ings, backing vocal, jing­le, glamour, spiritual, superstar, cult, trash ambient, moog, house, trip hop, trance, headbanger, ecstasy, mainstream, jungle, hard­core, dubs, clown, dj, film-musical, comeback, a megastar, surfer-music, niu ueive, hippye, songbook, big band; uma grande parte do vocabulário de desporto e lazer. jet ski, kickboxer/ing, paddle/padel, turfe (® turfístico), surfe (® surfista, surfar, surfável), windsurfe, wind­car, pênalti, basquete (basquetebol), draftado, tênis [a) deporte; b) calçado adaptado à prática desportiva.], vôlei, sparring, squash, bad­min­ton, pit stop/lane, pole position, kart, rali, (double-/four-) skiff, biker, trekking, jogger, pa­ra­glider, golfe, futebol, hóquei, handebol, rúgbi, per­sonal trainer, training, bowling (‘bo­li­che’), jóquei, beisebol, home run (‘batida indefensável’), a raquete, round, bodyboard, bodyboar­der, down hill; Isto vale também para os vocabulários político e/ou social: impeachment, rising star (‘estrela em ascensão’), new age (‘nova era, mo­vi­mento místico’), establishment, go-around, must, yuppie, socialite, clubber, teen, blind dates (‘encontros às escuras’), escore, roots, latin lover; e, finalmente, para a economia: prime rate, over (‘queda nos juros primários’), dumping, leas­ing, know-how, joint ven­ture, cash, com­modities (‘amplo balaio de produtos negociados em bolsas de mercadorias, onde cabem soja, alumínio, cob­re’), boom, ranking, tax free, welfare-state, factoring, free shop, strip cent­er (‘mini-shop­ping’), shopp­ing, mini-shopping, mini-market, supermarket, copy market, headhunter, floating (‘giro de dinheiro’), franchising (‘franquia’ « ‘franqueadora’), antitruste, (tele)marketing, adviser (‘consultor’), staff, newcomer/s, holding, office boy, trade, tra­der (‘ne­gociador’ de energia, p.e.), draw-back (‘importação de matéria-prima para exportação do produto acabado’), rating (‘classificação’), „fringe benifits“ (sic!), trainee, for sale (‘à venda’), small business, roadshow, (inscrever-se no) data-room, hedge, off-shore. Em geral, se pode dizer que a influência de anglicismos não é nada típico para o Grande do Sul, mas um fenômeno divulgado no Brasil inteiro[8]. Dentro do esquema de tipos de multilingüismo e multiculturalismo o vocabulário anglófono quase sempre desempenha um papel de inculturação, no sentido de que com a ideologia e com a mercancia se empresta a palavra, as vezes aportuguesada para facilitar o ato de venda de produtos ou fenômenos. 6.2 Empréstimos alemães De maneira diferente, a influência das línguas principais imigrantes – o alemão, o italiano, e o polonês – se restringem à área de contato. Isso significa, que os exemplos seguintes não somente encontram-se no Estado do Rio Grande do Sul, mas pelo menos parcialmente também em Santa Catarina e no Paraná. O alemão é omnipresente por exemplo na vida urbana. Como hoje todo que tem a ver com „Alemanha“ goza de alto prestígio. Há lojas com nomes apenas aceitáveis num ambiente multilingüe como Frau von Eis, Blumenstrauss (‘buquês e arranjos de flores naturais’), Kopf (‘um dos melhores cabeleireiros de Porto Alegre’), Buchstube, Sonnenblume (‘imóveis’), Leckerhaus Konditorei (‘tortas finas’), Frühstück, Kindheit, ou (a) Der Teeladen No „Interior“ tem outras com nomes como Hauskorb, Kuchenhaus, Haus des Wortes, Haus der Geschenke, Kaufhaus, Schat­zi’s Bombo­ni­è­re, Becker Brot, Wolfenbüttel Haus Stein e muitos mais. O estereótipo de que cada alemão bebe bastante cerveja é usado para uma infinidade de festas ou Kerbs como o Kaffeeschneisfest (Picada Café), a Oktoberfest de San­ta Cruz do Sul com os bonecos sim­bó­li­cos Fritz e Frida, com atrações como o Bierwagen ou Chopp­wagem (sic!), outras festas chamam-se Alto Fest (Alto Feliz), Chocofest, Frühlingsfest (Nova Petrópolis), Blumenfest (Sel­bach), Schlachtfest, Deutschesfest (Coronel Barros) ou Bohnfest (‘festa nacional da família Bohn’, Venâncio Aires, Parque do Chimarrão). Em todos os supermercados do Sul, dois produtos abonam por qualidade alemã: o pão – não surpreende – e o vinho – algo mais surpreendente –, como mostram os nomes: leinsamenbrot (‘pão misto com centeio e sementes de linho’), roggenbrot, pumpernickel, wuppertaler, havelland, graham brot (‘pão de trigo inte­gral’), rheinisches schwarzbrot (‘pão preto · Reno’), frankfurt (‘pão de centeio integral’) [os três últimos da ‘Padaria Weidmann’s], mürbeteig [para torta de frutas da „Leckerhaus“], trüffel [para torta de trufas da „Lec­ker­haus“], marzipan/marzipã[9], alemão diet brot [‘Padaria Pão do Porto’[10], lá também: Roggen, Haveland, Pumpernickel, Nuppertaler[11]„], stuttgart’s (‘doppelt gebacken – duplo cozimento – Vollkornbrot’), schwarzbrot (‘pão preto’) e o vinho: Gewurztraminer/gewürztraminer, Riesling: Liebfraumilch, Wein Zeller (‘vin­dima selecionada · Qua­li­täts­wein’), Wein Kröver, Sonnenberg, Frau Bauer, Johannesberg, Nachtliebewein, Katz Wein, Kitzbünel (de Farroupilha), Rannisch Wein, Zähringer’s, Katzenberg, Riedrich, Rats­kel­ler, Leichtwein É famosa em Brasil a cozinha teuto-brasileira que se distingue pela preparação de pratos como Hackepeter, Rahmschnitzel, Spatzle, kass­ler (‘chu­le­ta de porco defumada’), Eisbein (‘joelho de porco cozido’), Apfelstrudel, Fleischkäse (‘bolo de carne bovina e suína’), strudel de carneiro, salsicha bock Uma formação interessante é o caipihaeger, composto de um elemento caipi de caipira como em caipirinha, caipirosca ou caipiríssima e o alemão Steinhaeger o que mostra a criatividade de modelos de formação de palavras germânico-românicos. 6.3. Empréstimos italianos A influência lexical do italiano encontramos principalmente na área da comida mussarella/muzzarella, mortadela, capuccino, copa, po­len­ta, ciabata, (risoto de) funghi, funghi porcini, salame, pizza, ricota, panetone, strudelli, parmigia­na/par­me­gia­na, carpaccio, brachiola, brócolis, trifulatto, gorgonzola, rúcula, involtini, antepasto, rotollo de funghi, costoletta, cassata e sobre tudo na área especializada da preparação da massa (a vezes italiano já aportuguesado): lasanha, canelone, gnochi/gnocchi/gnocchetti ou nhoque, macarrão, macarronada, risoto, ravioloni, rascatelli, tortéi [‘pas­téis de massa com recheio de mo­ran­­ga’], talharim, fetuccini/fettuccine/fettuccini, garganel­li, cappelletti/cape­let­­ti/ca­pelete, inholine, ta­glia­telle, espaguete, ravióli/raviolli, fuzile/fusilli. Igualmente, encontram-se formas do tipo bocha, lambreta (‘scooter’), nonna, raconto, gueto, „paparazzi“, imbróglio, sendo alguns deles (pelo menos os três últimos mencionados) internacionalismos de proveniência italiana. 6.4 Empréstimos poloneses A influência do polonês e menos óbvio: Trata-se principalmente de antropônimos como Walesa (uma marca de vodka), Rogwiski (um bairro de Santo Ângelo), Pityoska (uma lancheria em Santo Ângelo), o restaurantes com Nevaska (Ijuí) o Restauracja Polska (Porto Alegre). Além disso existe uma terminologia de costumes e refeições (principalmente) pascais: pisanki (‘ovos cozidos e mergulhados repetidamente em cera quente – da cor mais clara à mais escura’), skrobanki (‘ovos cozidos e mergulhados em uma só cor de tinta, escura, e raspados com canivete’), kraszanki (‘ovos cozidos e coloridos por igual’), malowanki (‘ovos cozidos ou de cascas esvaziadas, mas pintados com qualquer tipo de corante, inclusive tinta a óleo’)[12], (a) swieconka (‘benção dos alimentos’), (o) sniadanie swiateczne wielkanocne (‘café de manhã de Páscoa’), (a) gimne nogi (‘geléia natural de carnes, pão, manteiga e vinagrete’), zur (‘caldo azedo’), krzan ‘raiz forte’, mazurek bakaliowy (‘torta de amêndoas’), mazurek de limão, (a) sernik (‘torta de requeijão’), przekaski gimne (‘entrada’), (o) sledzie po polsku (‘arenque, pão, manteiga, nata, maçã e cebola’), mizeria (‘salada de pepinos verdes, nata, temperos e suco de limão’), kotlet z ryby (‘bolinhos de peixe ao molho lilás’). 7. Conseqüências Se poderia perguntar: „Por que ou para que colecionamos tudo isto?“ Queríamos sublinhar neste artigo que contatos lingüísticos não afetam somente áreas atrasadas e/ou rurais no Estado do Rio Grande do Sul. A interdependência lingüística também é visível em cidades onde já não encontramos comunidades fechadas de teuto-, ítalo ou eslavófonos respectivamente de variantes dialetais como o hunsruck ou o vêneto. Como o prestígio das línguas alóctones no Rio Grande do Sul é alto – embora num nível bem diferente –, a presença dessas na vida cotidiana é percebida como algo natural sem que puristas tentassem de lusitanizar qualquer expressão pública. Este fato é somente um primeiro passo para garantir a sobrevivência de – pelo menos – uma parte dos idiomas que entram em contato. Mas a história demonstrou perfeitamente o que ocorre quando o ambiente é hostil ante a coexistência da duas, três ou mais línguas. Não é necessário restringir-se ao Estado Novo, o fenômeno é bastante universal: Na Alsâcia a campanha do „Il est chic de parler français“ provocou uma desvalorização enorme do alemão que quase levou ao lingüicídio entre a geração jovem. Assim, o Rio Grande do Sul pode servir hoje como um modelo para a conservação de multilingüismo. Especialmente em tempos de recessão econômica, de neoliberalismo e ideologias principalmente materialistas que atravessamos, tanto na Europa como na América Latina, seria um sinal de ingenuidade, esperar que se realizem grandes progressos educacionais por iniciativa estatal. O indivíduo multilingüe nestes tempos deve assumir pelo tanto uma responsabilidade pela sobrevivência dos idiomas minoritários autóctones e exóctones e pela manutenção do plurilingüismo e do multiculturalismo nos territórios que desfrutam de este privilégio. 8. Bibliografia Abadía de Quant, Inés (1994), Lengua y cultura en áreas de frontera del Mercosur – Pro­ble­mática y propuestas. 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Anglicismos e germanismos já introduzidos em dicionários encontram-se em Schmidt-Ra­defeldt/Schurig 1997. [8] Para mais exemplos vide Born 1999. [9] A ortografia não é muito estável. Isto vale especialmente para os italianismos presentados no capítulo 6.3. [10] Trata-se de uma padaria na Avenida Cristóvão Colombo em Porto Alegre, bairro com uma forte tradição alemã, entre outras as famílias „famosas“ Zivi, Renner e Neugebauer. [11] sic! (num artigo do diário porto-alegrense Zero Hora, 06-09-1996, Gastronomia, 4). [12] Todos exemplos encontrados na Zero Hora, 14-03-1997, Gastronomia, 3. Fonte: Dresden Este conteúdo foi atualizado em: 08/11/2003 17:37:58 e acessado 12207 vezes. Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística Rua Lauro Linhares, 2123 - Torre A - Sala 713 Trindade 88036-970 - Florianópolis/SC - Brasil Fone/Fax: 55 48 3234 8056 e-mail: ipol.coordenacao@gmail
Posted on: Wed, 04 Sep 2013 05:48:43 +0000

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