Miguel Sousa, vice-presidente da Assembleia Legislativa da - TopicsExpress



          

Miguel Sousa, vice-presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, está cansado das agressões verbais dentro do grupo parlamentar do PSD, lamenta a atitude dos companheiros de bancada que se recusam a testemunhar no processo contra Jaime Ramos. "É repugnante, esta forma de debate político", disse ao Expresso o social-democrata que alega que o líder parlamentar o acusou de ser "um chulo", "um vadio" e "um bufo" durante uma reunião. O vice-presidente da Assembleia fez queixa no Ministério Público e indicou como testemunhas 18 deputados do PSD e uma funcionária do grupo parlamentar. Na sessão plenária de hoje no Parlamento regional, 11 deputados viram validada a escusa em responder como testemunhas e juntam-se a outros três que tinham recorrido já à imunidade parlamentar. Dos convocados, apenas quatro aceitaram responder às perguntas do Ministério Público. Miguel Sousa apresentou um requerimento ao plenário numa tentativa de levantar a imunidade parlamentar aos companheiros de bancada, mas perdeu numa votação apertada. Foram 20 votos a favor, 21 contra e uma abstenção, registando-se cinco ausências do plenário, três do PSD e duas da oposição. Os deputados não respondem, mas o vice-presidente da Assembleia não esconde a pouca consideração que lhe merece esta atitude. "É lamentável que deputados, supostamente responsáveis e obrigados a colaborar com a justiça, como qualquer simples cidadão, se recusem a testemunhar sobre um crime a que assistiram", diz, lembrando que, por essa ordem de ideias, qualquer crime que se cometa numa reunião do PSD-Madeira "é confidencial". "Esta forma de fazer política, com base na permanente agressão verbal, tem de acabar. Surpreende-me assistir a tanta ofensa, de todas as partes, e ninguém se queixar. É repugnante esta forma de debate político", sublinha Miguel Sousa, antigo número dois de Jardim e actual vice-presidente da Assembleia. O confronto com Jaime Ramos, líder parlamentar, ocorreu no princípio do ano numa reunião do grupo quando uma discussão sobre o agendamento de plenário terá acabado em insultos. PSD debate futuro do... PSD O assunto está no Ministério Público e no conselho de Jurisdição do PSD sem fim à vista, mas revelador do estado em que está a maioria na Madeira. Jardim não intervém nos desentendimentos entre os barões do partido, os mesmos que segunda-feira estiveram reunidos para discutir o futuro do PSD. A reunião, promovida por Jaime Filipe Ramos, filho do líder parlamentar e a quem foi pedido um documento sobre o rumo a seguir pelo PSD-M, decorreu à porta fechada.
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 14:53:51 +0000

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