Mitos & Verdades! Quantas vezes você já foi questionado por - TopicsExpress



          

Mitos & Verdades! Quantas vezes você já foi questionado por seus clientes em relação a lendas estranhas sobre carros? Carro zero-quilômetro não pode fazer viagens longas? Parar no semáforo com a embreagem acionada desgasta o sistema? Filtro de ar esportivo e naftalina no combustível melhoram o desempenho? Herdadas de épocas passadas ou resultado de informações sem critérios, lendas como essas iludem e confundem muitos motoristas. Para que você não seja mais um deles, vamos passar a limpo as verdades e mentiras que andam lhe contando por aí. Lenda - Amaciar o motor requer vários cuidados. Realidade - Não são poucos os motoristas que ainda dispensam ao carro novo cuidados exigidos décadas atrás, como não impor longos percursos nem atingir altos giros durante 3.000 ou 5.000 quilômetros. Hoje a regra é outra: basta evitar rotações acima de 3.000 rpm por 100 ou 200 km iniciais. Depois, pode-se explorar todo o regime de giros, o que ajuda até a não "amarrar" o motor. Lenda - Não permanecer parado com a primeira marcha engatada. Realidade - Certas regras antigas perderam a validade com o desenvolvimento dos carros, mas ainda têm seguidores. Ao contrário do que muitos aconselham, permanecer parado (num semáforo, por exemplo) com a primeira marcha engatada e a embreagem toda acionada não desgasta as atuais embreagens, com platô de mola diafragmática ("chapéu chinês"), embora ocorresse nas antigas, com platô de seis ou nove molas helicoidais. A explicação é que a mola diafragmática fica com carga mínima quando. O pedal está todo apertado, desta maneira não "cansando" a mola. Lenda - Chapas finas resultam em pouca resistência em colisões. Realidade - Ainda persiste entre alguns a idéia de que o carro seguro é aquele que não se amassa em acidentes, motivo de desconfiança das chapas de aço mais finas usadas nos modelos atuais. Em outros tempos olhava-se com orgulho o pára-lama pouco amassado após uma colisão, mesmo que isso implicasse em um tremendo impacto dos passageiros contra o interior. Hoje se sabe que o melhor é a chamada "estrutura diferenciada", em que apenas a cabine é rígida. As partes dianteira e traseira devem absorver ao máximo o impacto, para uma desaceleração mais suave aos ocupantes do veículo. Aliás, esse é motivo suficiente para jamais se transportar alguém, como uma criança, no compartimento de bagagem das peruas. Lenda - Rodar com pouco combustível faz aspirar a sujeira do tanque. Realidade - Muitos não trafegam com pouco combustível por receio de que a sujeira do fundo do tanque seja aspirada, entupindo os filtros. Na verdade, como o tubo de captação ("pescador") fica próximo ao fundo, eventual sujeira seria aspirada mesmo com o tanque cheio até a boca. Lenda - Pneus novos devem ser usados sempre na dianteira. Realidade - O hábito de manter os pneus mais desgastados na traseira pode levar a um comportamento perigoso em curvas com piso molhado. Se esse eixo escapar, o motorista terá de ter habilidade de piloto para corrigir a derrapagem. Por isso, é preferível uma escapada de dianteira, cuja correção é instintiva, bastando aliviar o acelerador e esterçar mais o volante para dentro da curva. Por falar em pneus, não se comova - relacionando a um carro bem-cuidado - com o argumento de que "o estepe nunca rodou". Além do quê isso nada significa, pois o pneu pode acabar sem utilidade se vencer o prazo de cinco anos de vida útil da borracha. Lenda - Nunca se pode frear na curva. Realidade - Essa lenda certamente já provocou sustos em motoristas que, possuindo a devida sensibilidade, poderiam ter aplicado os freios sem desequilibrar o carro ou travar as rodas. Para não frear pode-se provocar um acidente como, ao desviar para não atropelar alguém, o veículo vir a bater violentamente contra algum obstáculo ou mesmo sair da pista. É possível frear na curva, desde que feito com suavidade. Lenda - Portas travadas dão segurança contra aberturas acidentais. Realidade - Travar o trinco apenas desativa as maçanetas (em alguns casos apenas as externas), sem oferecer qualquer bloqueio adicional: não há, por exemplo, um pino ou tramela que atravesse a coluna. Assim, portas travadas não impedem sua abertura involuntária e ainda dificultam o socorro aos passageiros em caso de acidente - por isso em alguns modelos um sistema as destrava em colisões. Se no trânsito urbano o risco de assalto pode justificar o travamento, na estrada ou em via expressa ainda é melhor manter as portas destravadas. Lenda - Para menor consumo, use sempre aceleração leve. Realidade - Poucas lendas são tão arraigadas como essa. Embora não pareça, é acelerando fundo, desde que em rotações baixas, que se obtém o menor consumo específico (ou seja, em relação À potência obtida) nos motores a quatro tempos do ciclo Otto - a gasolina, álcool e gás natural. A razão é que o acelerador pouco aberto dificulta a aspiração do ar e gera perdas de bombeamento. Origem do efeito de frei-motor quando se corta a aceleração. Portanto, entre usar quarta ou quinta marcha para vencer uma subida a 100 km/h, por exemplo, prefira a quinta, mesmo que precise pisar mais no acelerador. Nos motores a dois tempos ou movidos a diesel, porém, a lenda está certa: deve-se abrir o mínimo possível o acelerador. Lenda - Deve-se aguardar a parada da ventoinha para desligar o motor. Realidade - As ligas metálicas dos motores atuais suportam alta temperatura sem danos. A função da ventoinha é criar fluxo de ar com o motor em funcionamento: não é necessário refrigerá-lo após desligado - por isso em alguns carros ela pára quando se desliga a ignição. Há quem se preocupe tanto com isso que chega a abrir o capô em intervalos da viagem para o motor esfriar... Lenda - Lavagem com água e querosene resgata o brilho da pintura. Realidade - O querosene só deve ser usado na pintura (de preferência diluído; puro, só se necessário) para remover manchas de óleo, piche ou asfalto. Nas lavagens comuns o produto retira a proteção da cera que tenha sido aplicada e ainda resseca as borrachas, podendo causar infiltrações. O correto é lavar o carro com detergente ou xampu neutro, à sombra, e depois aplicar cera não-abrasiva, para proteger a pintura e facilitar a remoção da sujeira na próxima lavagem. Lenda - Remover a válvula termostática previne superaquecimentos. Realidade - Essa válvula retém a circulação da água com o motor frio para acelerar seu aquecimento. Quando apresenta defeito, muitos optam por removê-la, o que faz o motor funcionar em menor temperatura. Isso pode até evitar um superaquecimento, mas aumenta o consumo, piora o desempenho, eleva as emissões poluentes e ainda contamina o lubrificante. Também é mito que rodar com a tampa aberta no Fusca ou na Kombi melhora a refrigeração e mantém o motor mais frio. Como a traseira é uma zona de baixa pressão, a temperatura pode até aumentar. Lenda - Escapamento esportivo e sem catalisador faz ganhar potência. Realidade - Certos "preparadores" usam soluções que trazem mais problema que benefícios. A retirada do catalisador - que é ilegal e irresponsável, pois aumenta muito a emissão de poluentes - pouco melhora a potência se não vier acompanhada de alterações na injeção (ou carburador) e ignição. O mesmo vale para escapamentos esportivos: a menor restrição pode, quando muito, diminuir a queda de potência no limite de giros do motor, permitindo "esticar" mais as marchas. Quem não supera a rotação de potência máxima terá apenas mais barulho, sem ganho em desempenho. Lenda - Bobina de maior voltagem, cabos de vela especiais e filtro de ar com menor restrição melhoram o rendimento. Realidade - Tudo depende da preparação do motor. Com turbo-compressor ou taxa de compressão mais alta, bobina e cabos especiais podem ser necessários para uma queima eficiente da mistura ar-combustível. Mas num motor original o benefício é, quando muito, estético. Também o filtro mais livre deve ser empregado em motores preparados, que requerem maior fornecimento de ar. Nos demais será inútil, pois a passagem do ar é limitada pelo venturi do carburador ou o corpo de injeção. E, se for de má qualidade, pode ainda aspirar impurezas e fazer estrago nos componentes internos do motor. Lenda - Não se pode utilizar amortecedores pressurizados num eixo e manter os comuns, apenas hidráulicos, no outro. Realidade - Não há problema nessa mistura. A maior vantagem dos pressurizados é manter a eficiência após intensa solicitação, em estradas sinuosas ou piso irregular. De resto, pouco alteram a estabilidade e a maioria dos motoristas nem perceberia se tratar de carro "misturado". O que não se pode fazer, mesmo com todos os amortecedores do mesmo tipo, é trocar apenas um: eles trabalham em pares e a segurança - sobretudo nas freadas - seria comprometida. Lenda - O cinto pode matar se o carro pegar fogo ou cair num rio, pois retarda a saída dos passageiros. Realidade - Mera desculpa de quem ainda não aprendeu que ele salva muitas vidas. Primeiro porque há um tempo razoável para a saída dos ocupantes nessas situações, antes de a temperatura atingir um nível insuportável ou o veículo submergir. Mas, sobretudo, porque, com o cinto, é muito mais provável que os passageiros fiquem conscientes após o choque para abrir a fivela e afastar-se do carro. Lenda - Em caso de chuva ou neblina, rodar com o pisca-alerta ligado facilita a visão do carro pelos outros motoristas. Realidade - Os que seguem essa lenda estão expondo muitas vidas em perigo. O pisca-alerta só pode ser usado com o veículo parado. Ligá-lo em movimento, sobretudo em condições de baixa visibilidade, pode levar o motorista de trás a pensar que você parou e desviar, causando até um acidente. Acenda apenas os faróis baixos, os de neblina e a luz traseira de nevoeiro (se houver). Deixe o pisca-alerta para quando parar na pista (como em tráfego congestionado) ou em emergência no acostamento. Lenda - Para melhorar o desempenho, coloque bolinhas de naftalina no combustível. Realidade - O objetivo dessa adição é aumentar a octanagem da gasolina, pois o naftaleno de que é feita é um hidrocarboneto aromático e, de fato, possui octanas. Só que parar obter ganho perceptível seriam necessárias muitas bolinhas. E, afinal, são raros os motores que se beneficiam da maior octanagem. Resta o grande problema da "receita": os resíduos da naftalina se alojam nas câmaras de combustão e podem trazer sérios problemas ao motor. Assim, deixe-as no armário, a não ser que haja traças no seu tanque. Bom dia!
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 14:48:06 +0000

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