Muitos jornalistas do Brasil, infelizmente, têm sua formação - TopicsExpress



          

Muitos jornalistas do Brasil, infelizmente, têm sua formação baseada no “ouvi falar”. Passam a vida toda conversando sobre assuntos variados e escutando sobre eles. Isto, para alguns, basta. E, o pior de tudo, isso para alguns concede “autoridade” na emissão de opiniões. Basta ver a saraivada de besteiras que andam dizendo por aí sobre os tais “médicos de Cuba”. Algumas pessoas passaram a vida toda ouvindo que em Cuba medicina é um sucesso. Pronto, virou verdade incontestável. O pior tipo de opinião é aquela determinada pelo ouvido. E pior se torna quando sobre ela não recaem os cuidados do questionamento. O brilhantismo da medicina cubana é uma grande mentira que engana apenas gente que nunca se deu ao trabalho de, sequer, tentar checar a origem dos dados. Pois bem, vamos começar por algo que por si só já deveria abalar a fé no mito da qualidade da medicina cubana: todos os dados sobre a medicina de Cuba são catalogados, tabulados e divulgados pelo próprio regime cubano. Quem estudou o mínimo possível escrito nos livros de história sabe que é característico de regimes como os de Cuba a fraude em dados e ocultação de dados. Basta ver o leste europeu propagandeado pelo regime da URSS e o que se viu depois da queda do Muro de Berlin. Em 2008 e 2003 o Conselho Federal de Medicina esteve em Cuba e fez uma grande avaliação da medicina que se pratica por lá. Pois bem, a constatação foi diametralmente oposta ao que é divulgado por aí: não há formação e não há Medicina no nível que está sendo propagandeado em Cuba. A declaração não foi dada em sala de aula de professor comunista vagabundo e muito menos em mesa de bar, ela veio do primeiro escalão do CFM, foi dada pelo médico Carlos Vital Tavares Corrêa Lima. Tudo bem, as palavras de Vital não são determinantes na formulação de opinião. Afinal de contas, apesar de ser uma autoridade no assunto e de basear sua análise em uma observação in loco, a sensatez não permite que sua versão seja tida como inquestionável. Hussein Carlo, ativista de direitos humanos em Cuba, é outra pessoa que desmente a propaganda oficial da ilha de Fidel. Hussein é autor de dezena de vídeos na internet que mostram a situação deplorável de alguns hospitais em Cuba. Muitos deles instalados em ruínas infestadas de insetos e tomados pela sujeira. George Utze, outro ativista, mantém um site na internet chamado therealcuba. Na página ele desmoraliza a tese dos baixos índices de mortalidade infantil em Cuba. Segundo o cubano estes níveis só são alcançados porque o aborto é utilizado como tática “preventiva” em Cuba. A qualquer sinal de problemas, o feto é retirado da barriga da mãe. A morte como ferramenta de prevenção da morte. E se as declarações destes três, comprovadas com vídeos e outros fatos, não são o bastante para você mudar de opinião, que tal ver o desempenho dos médicos cubanos no exame que revalida. De cada nove médicos formados em Cuba, cubanos ou não, que tentaram revalidar seu diploma no Brasil, apenas um conseguiu passar pelo exame em 2012. Foram 182 inscritos no Revalida, exame pelo qual os formados no exterior precisam passar, mas apenas 20 aprovados (10,9%). Os números são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e foram usados ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Você pode discordar de todas as declarações acima. Mas, em hipótese alguma poderá afirmar que bons médicos só são possíveis com uma sólida formação. E estes índices no Revalida mostram apenas o óbvio: médicos cubanos não possuem a formação necessáriaa para atender no BR. Essas são alguns detalhes da tal medicina cubana que passam despercebidos todos os dias por milhares de pessoas que preferem repetir discursos ao invés de procurar informação. Gente que dia após dia vai ajudando a criar o mito do brilhantismo cubano na saúde. Brilhantismo baseado em dados devidamente tabulados e divulgados pelos próprios donos do poder na ilha.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 19:23:15 +0000

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