NA NOITE DESTA QUINTA (11 de Junho) FUI AO "1o. GRANDE ATO CONTRA - TopicsExpress



          

NA NOITE DESTA QUINTA (11 de Junho) FUI AO "1o. GRANDE ATO CONTRA O MONOPÓLIO DA MÍDIA". AQUI ESTÃO MINHAS PERSPECTIVAS. Mais uma vez, acho que me alonguei, pois tentei ser o mais completo possível na minha descrição e reflexões do dia. Espero que tenho sido este o primeiro de muitos protestos pela frente, por que foi realmente grandioso e impactante. A manifestação começou às 17h (como de costume) em frente ao complexo de prédios da Rede Globo, na Praça Gal. Gentil Falcão, ao lado da estação Berrini (na Marginal Pinheiros). Eu pretendia chegar na hora, sai até mais cedo de casa, mas o trem demorou e cheguei à estação Berrini às 18h. Por sorte, a multidão ainda estava na praça e pude acompanhar a marcha desde o começo. Na praça, vi muitos jovens alternativos (creio que boa parte estudante de classe-média ou recém-formado), mas também trabalhadores, senhores idosos, um grupo de bolivianos, até mulheres e crianças, enfim, gente de todo o tipo. Muitos pintavam cartazes com dizeres "Abaixo a Rede Globo", "Globo: Sonegação padrão FIFA", "Mídia Sem Catraca", "Somos todos Edward Snowden", etc. Vi também grandes "Bonecos de Olinda" (incluindo um com a cara do Sarney) carregando placas "Fora Globo" e Balões com um "x" no símbolo da emissora. Um grupo de baterias era liderado por uma mulher com microfone e caixa de som que cantava músicas tradicionais da Globo (de carnaval, de novela e etc) com letras criticando a emissora e defendendo a democratização da mídia. Não reconheci nenhuma imprensa gravando no momento, a Globo, obviamente, não iria, mas a Record ou a Band, quem sabe. Vi um ou dois helicópteros focalizando a praça, mas o que imperava eram as rádios e Tvs amadoras filmando e fazendo entrevistas. Achei curioso quando me deparei com três jovens empurrando um carrinho de supermercado lotado de aparatos tecnológicos (caixa de som, laptop, filmadora e eu sei lá o que mais) com a placa "Pós-TV". Perguntei a um deles e me disseram que transmitiam ao vivo o protesto pela internet. Acho que muitos peritos de web agora se inspiram na rebeldia de Snowden e Julian Assange para burlar o monopólio da mídia. Nada mais propício para os novos tempos da mídia pluralista e democrática: a Era da Internet. A medida que a multidão avançava e bloqueava (com facilidade) a av. Berrini, me sentia de volta aos tempos dos primeiros atos contra o aumento da tarifa: uma massa que engrossava cada vez mais e voltada para uma causa principal e séria, sem gente exaltando a pátria cegamente e oprimindo os partidos (esse tipo de gente deve apoiar a Globo). A diferença foi a ausência de confrontos com a polícia, embora esta tenha estado presente em todos os momentos, logo atrás dos manifestantes que faziam uma corrente de perímetro para distanciar a PM. Houve dois momentos em que achei que teria conflitos. Um grupo de jovens com lenços negros no rosto duas vezes tentaram vandalizar: um ponto de ônibus e um banco. Mas os outros manifestantes em volta gritavam "sem confusão", "sem violência", e impediram o quebra-quebra. Por outro lado, esse grupo reclamava "Só batucar não vai adiantar". A cena marcante de todo o protesto, na minha opinião, foi a queima do boneco do Sarney, quando alcançávamos a marginal Pinheiros (do lado da Ponte Estaiada), estavamos bem na frente da entrada do prédio da Rede Globo. Nessas alturas a múltidão atingiu seu ápice, mais de 3 mil pessoas, com certeza. Foi então que eu vi os lasers verdes atingindo as janelas no alto do prédio (provavelmente iluminando o rosto do jornalista do SPTV). Além disso, perto do final do percurso, carreguei um dos boneco de olinda pertencente ao Levante Popular da Juventude. Vi bandeiras e faixas do PSOL, PCO, PSTU, Juntos, Rompendo Amarras, entre outros. Inclusive, encontrei vários amigos meus da PUC-SP. A Manifestação acabou pacífica e vitoriosa por suas conquistas numéricas e por sua notoriedade. Espero realmente que tenha muitas outras oportunidades pra mostrar em público a indignação do povo com essa grande mídia que manipula, aliena, mente e fere a liberdade de expressão, sobretudo a Globo, acusada de sonegação, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro. É tamanha promiscuidade política que várias das afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos de direita envolvidos em inúmeros escândalos. A família Sarney controla a TV Mirante (GLOBO) no Maranhão e Fernando Collor controla a Gazeta (GLOBO) em Alagoas. A Globo construiu seu império a partir da relação promíscua com o regime militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal. Por isso que gritamos: "O POVO NÃO É BOBO, ABAIXO A REDE GLOBO!"
Posted on: Fri, 12 Jul 2013 04:26:56 +0000

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