Na plenitude dos tempos Para o cristão é fundamental o - TopicsExpress



          

Na plenitude dos tempos Para o cristão é fundamental o estudo da Sagrada Escritura, e aprofundar essa busca na ótica do estudo teológico, nos torna maduros na fé, e nos faz missionários preparados para gerar “novos cristãos” pelo anuncio genuíno da Revelação de Deus. E para nós que desejamos crescer na fé, temos a riqueza da interpretação da Igreja, da Sagrada Tradição, e da Voz do Magistério, que são fontes inesgotáveis de conhecimento bíblico. Uma conceito de suma importância para um estudo teológico da Bíblia é a Teologia da Revelação, que significa: Revelação. Vocábulo, de origem latina, (revelatio, revelacionis), que significa “descobrir”, “tirar o véu”, “divulgar” “manifestar-se”, “deixar-se ver” (lembremo-nos que, na Antigüidade, os orientais andavam, geralmente, com as cabeças cobertas, principalmente, para se proteger do sol ou do sereno da noite). No campo da Teologia, utiliza-se, pois, essa expressão para se referir a algo que Deus deu a conhecer de si mesmo ou do seu projeto, ao longo da História da Salvação. Entretanto, não devemos compreender a Revelação apenas como um conjunto de afirmações teóricas, de verdades abstratas, puramente especulativas. Precisamos compreendê-la como a automanifestação de Deus, que abarca tanto o Seu Ser como as Suas ações e as Suas palavras, pois o Deus da Bíblia não é essência abstrata (como o “deus” da Filosofia), mas uma Pessoa Viva! A Bíblia nos apresenta a ação de Deus na história. E esta ação, esta Palavra de Deus (em hebraico, dabar), aponta, paulatinamente, aos homens e às mulheres o Seu desígnio para com a humanidade. Teremos, certamente, uma compreensão mais acurada da Revelação, se considerarmos algumas de suas características: primeiro, a Revelação de Deus se deu de maneira lenta e progressiva. Ou seja, Deus se revelou aos poucos, na medida em que as pessoas estavam preparadas do ponto de vista humano e teológico. Ele assim procedeu, por respeitar a liberdade humana. Ora, a fé, dom divino, supõe a resposta livre do ser humano. Não é uma evidência matemática, mas adesão a um Mistério. Diante do Deus que se revela, o ser humano sempre pode aceitá-lo ou não. Dessa forma, Ele se manifestou aos poucos. Acompanhou, pacientemente, a evolução humana e espiritual de seu povo e, a cada passo da caminhada, acrescentava um dado novo de fé, conforme o amadurecimento e a abertura do povo eleito, até à Revelação plena em Cristo. Como um pai terno ou uma mãe amorosa que respeita o desenvolvimento humano de seu filho e, lentamente, lhe confia responsabilidades e lhe explica o sentido da vida, assim Deus agiu com os israelitas. Por isso, não raras vezes, permitiu ao povo certos costumes e atitudes (vingança, ódio, matança) que, à primeira vista, parecem-nos desconcertantes e inconciliáveis com o Deus-Amor, revelado, “na plenitude dos tempos”, por Jesus Cristo. Assim, todas as afirmações, procedimentos e costumes na Bíblia, para serem devidamente apreciados, devem ser interpretados a partir do contexto humano-teológico no qual foram concebidos; respeitando o lugar e o momento teológico que ocupam, no âmbito da Revelação. Portanto, considerando tal progressão no desenvolvimento da teologia bíblica, não podemos conceder a mesma importância e igual valor a toda e a cada passagem das Sagradas Escrituras. Que nesta singela introdução seja gerado em nossos corações o anseio da jornada que nos leva a meta conhecer o nosso bem supremo:” Jesus Cristo, a epifania do Amor do Pai”!! Maria Imagem da Igreja Maria, Mãe de Jesus é o modelo mais perfeito de seguimento e discipulado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Transmite por sua vida o Evagelho vivo, que é o Verbo Encarnado, a Boa Nova vinda do Pai. Antres de concebê-lo em seu ventre biológico, o concebeu em seu imaculado Coração. Ela é a imagem viva da Igreja-comunhão também a família cristã é chamada a sê-lo. Estamos, assim, perante duas imagens da Igreja enquanto comunhão dos Santos: Maria, a filha predileta do Pai, a esposa-mãe do Verbo e templo do Espírito Santo e, por isso mesmo, Mãe da Igreja-comunhão, e a família, experiência de comunhão de amor, símbolo da aliança de Deus com o seu Povo e do amor de Cristo pela sua Igreja, sacramento de salvação como a própria Igreja o é, lugar privilegiado do amor e da adoração. Somos chamados a contemplar três expressões da encarnação do amor divino que é comunhão de pessoas: Maria, a Igreja, a Família. Jesus anunciou este mistério de comunhão na promessa feita aos discípulos, a propósito da oração: “Também vos digo, se dois de vós, na terra, unem as suas vozes para pedir seja o que for, isso ser-lhes-á concedido por Meu Pai que está nos Céus. De facto se estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt. 18,19-20). A leitura dos Atos dos Apóstolos narra-nos a primeira vez que os discípulos não se reuniram com Jesus fisicamente presente – Ele acabava de subir aos Céus – mas em nome d’Ele; e pela primeira vez Jesus cumpriu abundantemente a Sua promessa, tornando-se intensamente presente, através do dom do Espírito Santo. Essa reunião constitui a primeira imagem histórica da Igreja: os discípulos reúnem-se em nome de Jesus, para rezarem a Deus Pai, movidos pelo dom do Espírito, que de todos eles faz um só, com a força da caridade. E Maria, qual semente do tempo novo, estava fisicamente presente nessa primeira concretização histórica da Igreja-comunhão. Também ela congregada pelo Espírito, em nome de Jesus, aparece-nos como o ícone da própria Igreja, pois ninguém como ela é capaz da comunhão de amor. Estar ali, com os discípulos de Seu Filho, é fidelidade do seu amor maternal ao próprio Filho; a partir daquele momento, para ela, ser Mãe de Jesus é ser Mãe da Igreja. Jesus tinha-lhe anunciado esse desígnio, essa nova etapa da sua missão: “Mulher eis o teu filho” (Jo. 19,26). Esta participação de Maria na primeira experiência de comunhão eclesial, selada com o dom do Espírito, ajudou a Igreja nascente a fazer dessa reunião em nome de Jesus, uma celebração da Sua Memória. É que estar reunido em Seu nome significa, necessariamente, estar com Ele no momento decisivo da Sua missão: a Páscoa. O Espírito Santo como força de Deus e Maria como ícone da Igreja, ajudam esta a centrar definitivamente a sua reunião na memória da Páscoa: “Fazei isto em Minha memória”. A Eucaristia reúne a Igreja, a Eucaristia faz a Igreja, a Eucaristia ajuda a Igreja peregrina a alegrar-se já com o banquete eterno. Essa promessa de Jesus de estar no meio daqueles que se reúnem em Seu nome, encerra o mistério da família cristã e por isso ela é, como Maria, ícone da Igreja comunhão de amor. Reunidos em nome de Jesus! A celebração do sacramento do matrimónio constitui uma etapa completamente nova na união de um homem e de uma mulher que começaram a amar-se com a força da “carne e do sangue” (Jo. 1,13). Unidos a Cristo pelo batismo, numa comunhão de fé e de amor, quando decidem unir-se um ao outro numa comunhão de vida e de amor, Cristo quer estar no meio deles, sempre e para sempre, e só não estará se O puserem fora ou não Lhe abrirem a porta. Por força do seu baptismo, a comunhão conjugal do homem e da mulher cristãos, tende a ser, por vontade de Jesus Cristo, uma comunhão a três, porque comunhão com Jesus Cristo. E o Senhor participa na especificidade do seu amor esponsal, pois também Ele ama a Igreja como uma esposa (Efs. 5,25). Que força esta comunhão de amor com Cristo pode trazer ao amor conjugal; é que só o amor esponsal de Cristo pela Igreja encaminhará os cônjuges cristãos na descoberta progressiva da riqueza e do sentido do seu amor esponsal. Desde aquele momento em que Cristo santificou o seu amor, os esposos cristãos são chamados sempre a reunir-se, para se unir, em nome de Jesus: a reunir-se na sua intimidade de ternura; a reunir-se para rezar, para apresentarem ao Pai, em nome de Jesus, as suas preces; a reunirem-se na refeição fraterna; a reunirem-se nos projectos e nas missões comuns, nas lutas da vida, na solicitude de pais, na vitória sobre as provações e os sofrimentos. Reunidos para estarem unidos, pois em todos esses momentos eles realizam o seu amor esponsal, sendo um em Cristo e com Cristo. Reunidos em nome de Jesus, eles reúnem-se “em Sua memória”. A dimensão pascal do matrimónio, é a força do seu mistério escondido e a Eucaristia pode tornar-se a reunião decisiva da família, momento de renovação da sua aliança matrimonial ao ritmo da aliança de Deus com o seu Povo, festa das núpcias celebrada sempre de novo, aproximando-se em cada dia mais das núpcias eternas. A Eucaristia é o centro da família cristã, porque o é da Igreja; é que a família é imagem da Igreja, é a “Igreja doméstica”. 3. Mãe e Imagem da Igreja, Maria é o ícone da família cristã. Nova Eva, ela é a Mãe de todos os que renasceram em Cristo. Nela foi definitivamente vencida a maldição de Eva e restabelecida a dignidade da mulher. Segundo a primeira leitura, no Livro do Gênesis, foi dito ao inimigo: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela” (Gen. 3,15). Maria é o anúncio jubiloso da dignidade da mulher na nova ordem da graça. Ela, a seduzida pelo antigo inimigo, vilipendiada pelo egoísmo e, tantas vezes, pela violência; ela, tantas vezes estigmatizada na sua fragilidade e considerada, injustamente, causa do pecado, aparece-nos triunfante, qual rainha saindo do seu tálamo, ornada de virtudes, jubilosa na sua grandeza, terna na sua doçura. Ela a fraca, é agora o anjo protector; ela a sedutora, tornou-se na inspiração da generosidade, do sacrifício e do dom. Rainha da família, a mulher cristã é a mulher forte elogiada pelos livros sapienciais, a expressão da ternura, a afirmação da coragem, a defensora da comunhão. A mulher esposa e Mãe ocupa na família cristã o lugar que Maria ocupa na Igreja. Olhar profundamente para Maria é olhar para a Igreja, e olhar para a Igreja e olhar para as nossas vidas!!! Epiclese O Verbo se fez Carne e habitou entre nós Jo 1,14 Na Liturgia da Missa somos introduzidos de forma mistogógica no Mistério de Cristo: sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Posted on: Wed, 04 Dec 2013 14:20:01 +0000

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