Nesta semana inciamos um mergulho na obra "Transtorno" (Orobó, 2012) de Anelito de Oliveira, uma poesia que nos convida a assistir e participar dos embates do sujeito com o mundo-si: um mundo que não responde aos nossos imperativos de para "pare, que eu quero descer" - como diria Raul Seixas. Com um verbo "transtornado" (sempre saindo de si) que se leva constantemente a uma situação-limite, não temos aqui uma poesia de respostas ou fáceis soluções, mas uma poesia dis-solução, uma poesia de confrontos, para além das pretensas certezas e falhas razões barulhentas de nosso tempo. O SILÊNCIO queimar os olhos nes- ta página queimar o mundo nestes o- lhos passar por tu- do entrar no meio de cada cinema deste filme de au- sência desta ciên- cia do delírio ir ao fundo além do sen- tido para tocar o som inaudito es- tourar os tímpa- nos e ouvir o silên- cio só o silêncio o mais cinzento silêncio
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 23:11:26 +0000
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