No Budismo, Kwan Yin é aquela que representa a Compaixão em seu - TopicsExpress



          

No Budismo, Kwan Yin é aquela que representa a Compaixão em seu mais amplo aspecto. Esta compaixão é guiada pela Sabedoria, que em sânscrito se conhece como Prajña. O aspecto Sabedoria é representado com características femininas, tanto no Gnosticismo quanto no Budismo. A imagem de Sophia como mãe pode encontrar um paralelo Budista, na afirmação do Mestre Vimalakirti, quando diz : “Prajña é a mãe do Bodhisattva e Upaya seu pai; não existe condutor da Humanidade que não tenha nascido deles”. Prajña é um dos nomes aplicados à Sarasvatî, esposa e filha de Brahmâ, deusa da linguagem, assim como da Sabedoria e do Conhecimento Sagrado esotérico. No Caminho do Bodhisattva, o ser vai passando e transcendendo dez níveis, as Dez Terras do Bodhisattva, onde vai aperfeiçoando diversas paramitas. Isto nos recorda o caminho de retorno feito por Sophia, se desenvencilhando das rédeas da ilusão e ignorância, em busca da Luz do Pleroma. Este processo é descrito simbolicamente numa das maiores obras do Gnosticismo, o “Pistis Sophia”. Igualmente no Budismo, principalmente no Mahayana, existe um grupo de escrituras, em número de quarenta, chamadas de Prajña Paramita, onde são descritas todas as qualidades e condições para um ser humano alcançar a libertação. Notadamente o “Sutra do Diamante”, o Vajrachedika Prajña Paramita Sutra, e o Sutra do Coração, o Prajña-paramita Hridaya Sutra, onde se expõe a essência do conceito do Vazio, a realidade última de todas as coisas. Na visão Budista, a causa fundamental de todo tipo de sofrimento é a ignorância, isto é, a ignorância a respeito de si mesmo, da própria mente. Assim, para se eliminar a causa, deve-se cultivar a condição oposta à ignorância, justamente a Sabedoria ou Prajna. Prajna faz com que a realidade se apresente sem ilusões e interferências, a mente têm sua visão clara, e a Iluminação é o resultado do processo. Estes elementos – iluminação, luz, claridade – são idênticos quando a eles se referem os textos Gnósticos. O próprio Mestre Jesus dizia: “Conhecereis a Verdade, e esta vos libertará”, e neste aforismo, a palavra Verdade pode ser trocada por Sophia, significando a Verdade oriunda da Sabedoria, que não é um mero conhecimento intelectual ou racional. O Budismo propõe um caminhar espiritual baseado na experiência, e não em teorias. Igualmente, a Gnosis é obtida através da vivência, do insight e do trabalho sobre a própria mente. A Salvação na concepção Cristã Gnóstica tem o mesmo sentido de Libertação da Roda dos Renascimentos no Budismo. O processo de Iluminação na realidade não faz com que o ser humano adquira algo, pois esse algo, a sua consciência primordial Búdica faz parte de sua essência natural, apenas que a mente sem controle acabou por obscurecer esta essência. De igual modo, no mito de Sophia, isto é relatado quando se diz que Sophia estava em certo momento participando totalmente da vida plena, no Pleroma, quando, por causa da ilusão, se dirige a níveis densos e que fazem Sophia se “esquecer” de sua origem, e assim, gerando sofrimento. Na realidade, Sophia é um aspecto de nossa própria mente. E assim, Kwan Yin também é uma representação do nosso potencial de Compaixão, da nossa possibilidade de desenvolver diversas formas de atuar compassivamente, em benefício dos seres ao nosso redor. exoticindiaart/article/kuanyin
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 00:36:34 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015