"Nome de estudante de produção cultural, que está de férias na Bolívia, aparece na investigação sobre o grupo Black Blocs. Ela ficará no país até o inquérito ser concluído A Universidade Federal Fluminense (UFF) manifestou através de nota, apoio e solidariedade à aluna Maíra Cupolillo Alvarez, de 22 anos, que foi citada no inquérito sobre Black Blocs, grupo apontado pela Polícia Civil de envolvimento em atos de vandalismo em protestos. A universidade defende a ampla liberdade de expressão de todo e qualquer cidadão e é contrária a ações administrativas arbitrárias. Segundo o pai da estudante, o auditor da Receita, Esio Alvarez, a jovem estudante de produção cultural está na Bolívia e permanecerá lá até que haja uma conclusão do inquérito da Delegacia de Combate aos Crimes de Informática (DRCI) e posteriormente a acusação do Ministério Público (MP). Segundo ele, A iniciativa foi tomada pela família da estudante temendo que seja pedida a prisão preventiva de Maíra, obrigando a jovem a ficar detida no presídio de Bangu. Inicialmente, Maíra pedirá asilo político em uma embaixada sulamericana por entender que a medida tomada contra os ‘Black Blocs’ possui cunho político. De acordo com o pai da estudante, a jovem estará à disposição da Justiça caso seja citada na acusação do MP. Atualmente a jovem moradora de Niterói, está de férias na Bolívia para onde viajou no dia 27 de agosto. No último dia 4 de setembro, a polícia esteve em sua casa, na Região Oceânica de Niterói, com um mandado de busca e apreensão, procurando informações sobre o caso, e apreendeu três computadores e um pen drive. “Minha filha segue no exterior até que haja uma conclusão do inquérito e acusação do Ministério Público. O que não queremos é que seja expedida a prisão preventiva dela porque solta atrapalharia as investigações. Ela não apresenta perigo algum para isso e está a disposição da Justiça ao término das investigações. Enquanto isso permanece onde está por acreditarmos que essa postura contra os Black Blocs tem cunho político”, disse. Segundo a Polícia Civil, o inquérito da Delegacia de Combate aos Crimes de Informática (DRCI) corre em sigilo e detalhes do processo não podem ser revelados. Ainda segundo a nota, contra Maíra Alvarez não existe nenhum mandado de prisão, mas na casa dela foram cumpridos apenas mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça para procurar materiais que façam alusão ao grupo Black Bloc, do qual supostamente ela faria parte. Na última quarta-feira três suspeitos de serem administradores da página de relacionamento do Black Bloc no Facebook foram presos em uma operação da Polícia Civil para localizar pessoas envolvidas em atos de vandalismo em protestos, e indiciados pelos crimes de formação de quadrilha armada e incitação à violência. Um deles também é acusado por pedofilia. Na ocasião, Maíra Cupolillo Alvarez, procurada, não foi encontrada porque havia viajado para a Bolívia. Conversão – A Justiça do Rio acatou o pedido do delegado e converteu o tipo de prisão dos três administradores da página Black Bloc. A conversão de prisão em flagrante para prisão preventiva dificulta a liberação dos presos por ordem judicial. A medida foi solicitada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), já que, de acordo com a polícia, a prisão em flagrante poderia ser mais facilmente revertida em liberdade provisória. Já a prisão preventiva é pedida à Justiça quando há provas concretas de que os suspeitos cometeram crimes. Apoio – O reitor da UFF em exercício, Sidney Mello, recebeu na manhã de ontem, Luiza Cupolillo, mãe da estudante Maíra Cupolillo Alvarez, do curso de Produção Cultural, que teve objetos pessoais apreendidos pela polícia civil em sua residência, na semana passada. Em nota, a Universidade Federal Fluminense defende a ampla liberdade de expressão de todo e qualquer cidadão e é contrária a ações administrativas arbitrárias. Manifesta, também, adesão a todas as iniciativas cabíveis para resguardar o amplo direito de defesa frente a eventuais acusações que resultem em processos de construção de verdade unilateral por parte de instituições coercitivas."
Posted on: Thu, 12 Sep 2013 17:19:09 +0000
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