Novas notas franciscanas Gregório I vivia como um monge e se apresentava no fim do século VI como servo dos servos do seu deus, Leão IX constituiu em meados do século XI um conselho de sábios para assessorá-lo na luta contra a promi$cuidade entre o papado e a nobreza romana, Adriano VI enviou emissário à Dieta de Nuremberg em 1522 admitindo que a revolta de Lutero na Alemanha era uma resposta à corrupção no Vaticano, Pio VII preparava a própria cama e defendia o diálogo com a modernidade já em 1797. Jorge Mario Bergoglio não foi o primeiro cardeal eleito para reformar sua Igreja em tempos de crise. * Na primeira metade do século XIX, pelo menos duas correntes de pensamento dividiram-se sobre como a Igreja Católica deveria posicionar-se em face das revoluções na Europa: uma propunha o diálogo com a modernidade e a assimilação seletiva dos seus valores, enquanto outra defendia o confronto dos novos tempos por meio da reafirmação do que o catolicismo tivesse de mais característico e tradicional (o centralismo papal e a devoção mariana). Pio IX foi eleito pela corrente liberal em 1846, mas reagiu à Unificação Italiana enveredando pelo segundo caminho e instalando o ultramontanismo no Vaticano. * Desde 1878, os conclaves têm alternado papas de tendência autoritária ou tradicionalista com outros mais abertos ao diálogo e à mudança no discurso ou em seu tom. Francisco foi escolhido como expressão desta segunda alternância, alinhando-se a Leão XIII (passagem da pregação antimodernista para o discurso da justiça social), Bento XV (ênfase na pregação da paz), João XXIII e Paulo VI (reforma da Cúria e da vida eclesial) e João Paulo I (modos simples, humildade e amor à pobreza). Já conseguiu atrair a simpatia para si, mas ainda vai mostrar se imprimirá sua marca no trono em que está sentado para além do próprio papado.
Posted on: Mon, 29 Jul 2013 00:46:56 +0000
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