Não chamo de dor. Chamo de vazio. Vazio no quarto. Vazio na mesa - TopicsExpress



          

Não chamo de dor. Chamo de vazio. Vazio no quarto. Vazio na mesa de jantar. Vazio nas conversas familiares em frente à televisão. Vazio no meu coração. Sim ele foi um grande homem, foi um grande exemplo, um grande lutador. Os que puderam desfrutar de suas histórias de perdas e superações sabem bem do que estou falando. Admirava sua garra, sua tremenda força de vontade e seu otimismo. Após quase 50 dias de hospital, absolutamente louco para melhorar e absolutamente machucado, ele ainda era um gentleman. Aceitava cada novo procedimento com carinha positiva, louco para se restabelecer e continuar os nossos mil projetos. E como tínhamos projetos.....projetos profissionais, projetos pessoais, projetos, projetos e mais projetos; projetos que discutíamos inúmeras vezes enquanto ele se restabelecia em quartos de hospitais. Mas a vida não quis assim. Deus, em sua sapiência absoluta não quis assim e veio buscá-lo para empreender no céu. Virou uma Estrelinha, como dirá Anna Luiza quando perceber que o vovô Otaviano não vai mais voltar para casa. Quanto à mim, ficarei aqui com a saudade de meu Pai, um super Pai, meu amigo, companheiro, parceiro. Quando tudo me faltava e parecia que o chão se abria em buraco para me puxar, papai me dava a mão e me resgatava. e me consolava e me carinhava. E agora, fico aqui pensando, quem irá me resgatar? Hoje entreguei para Deus o meu bem mais precioso. Entreguei o meu CABECINHA BRANCA, o meu papai OTAVIANO e, ao mesmo Deus, eu agradeçi pelo merecimento de ser filha desse homem maravilhoso. Descanse em paz, papai, nós dois sabíamos em nossa última conversa que o seu tempo já estava se esgotando. Te amarei infnitamente infinito, do tamanho do universo e dos dinossauros e da maior montanha da Terra e e do fundo do mar e largura dos oceanos e sempre e sempre e sempre e sempre.
Posted on: Fri, 19 Jul 2013 04:05:38 +0000

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