Não era amigo do Zé Maria Cortes. Como aficionado e antigo Forcado, aprendi a admirá-lo primeiro como o ENORME forcado que era, e depois como líder de um dos melhores Grupos de Forcados que existem, os Amadores de Montemor. Ainda me cruzei com ele diversas vezes nas arenas, cada um com a sua jaqueta envergada. E se muitos de nós forcados, quando envergamos a nossa jaqueta nos "agigantamos", o Zé Maria era dos poucos que "agigantava" a já enorme jaqueta dos Amadores de Montemor. Tantas e tantas vezes que me levantei do meu lugar na bancada para o aplaudir, que via e revia as repetições das suas pegas em transmissões na TV e que admirei momentos únicos na cara dos Toiros, que só os melhores fotógrafos taurinos conseguiriam captar... Nunca privei com ele pessoalmente, mas através de amigos comuns, sabia que o Zé Maria tinha uma alegria tão grande de viver, que vivia sempre no limite. Nos Amadores de Montemor, no Rugby, com a família e amigos, lá estava ele. "Presente" dizia o seu sorriso, o seu olhar concentrado, a sua estampa física! Ao que parece, foi a dizer "Presente", que um inimaginável acto de covardia o levasse para sempre... Não consigo imaginar a dor que sentem os seus mais próximos. Como aficionado e antigo Forcado, perdi para sempre uma referência, um exemplo desta geração de Forcadagem. Mas acima de tudo, alguém perdeu um Filho, um Marido, um Irmão, um AMIGO! No dia em que chegar a minha hora, lá estarei nas Arenas e Coliseus do Reino dos Céus, a aplaudi-lo de pé. Uma e outra vez... Que descanses em Paz.
Posted on: Sun, 30 Jun 2013 12:35:24 +0000
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