Não, não quero falar dos problemas do jornalismo, enquanto - TopicsExpress



          

Não, não quero falar dos problemas do jornalismo, enquanto escolha do que deve ser divulgado, ainda mais sendo destaque de capa de revistas. O que eu quero comentar é sobre o termo presidenta. Sim, de novo e ainda. Mesmo com o governo Dilma entrando em seus momentos finais, ainda há pessoas e, principalmente, jornalistas, como é o caso de Rodrigo Constantino, que insiste em sugerir que o uso do termo é equivocado, embora não o seja. O termo existe em nossa língua portuguesa, mas por conta de um cultura em que mulheres não exerciam a função de presidenta, a lexia caiu em desuso. (Nota: Drummond, que traduziu Les liaisons dangereuses, usa lá o termo, isso em 1947) Por conta disso, também, é que os nossos gramáticos passaram a adotar presidente como substantivo comum-de-dois, ou seja, serve tanto para se referir a homens como mulheres em cargo de presidência. Não sei dizer se Dilma sabia disso, creio que não e o motivo dela ter preferido presidenta, deve ter sido mais por uma questão sociológica (?), em prol de uma minoria, tentando resgatar certo discurso de dignidade e possibilidades, no caso das/pras mulheres. Não culpo o Rodrigo por não ter tido esse tipo de conhecimento, tendo em vista que mesmo eu, que sou mais novo que ele, só vim aprender isso há não muito tempo, mas tentar usar o termo como meio de atingir e diminuir alguém, é um tanto quanto errado, a meu ver. Usar o presidenta, mesmo que tenha sido uma criação moderna, não é danoso. Neologismos. Evolução linguística. Há tantas coisas parecidas em nossa língua. quem ainda assina a Carta Capital é como quem chama a presidente Dilma de “presidenta”: entrega-se no ato. No mais, eu uso presidenta, não leio carta capital e não sou petista, tampouco sou psdbista. Não vivo essa dicotomia PT x PSDB... Que diga-se de passagem é tão arcaica como Langue x Parole, que serve-nos como base de conhecimento da língua, mas que há muito deixou de ser o modo como se veem as coisas da língua... O mesmo poderíamos dizer de PT x PSDB. Enfim, pra mim isso é preconceito e tentativa tola de juntar alhos com bugalhos. Rodrigo Constantino, foi desnecessário ao dizer isso, embora não deixe de ser interessante o que ele pretendia enfatizar, que é a prática jornalística. Estava indo até que razoavelmente bem, mas cai no mesmo erro que os colegas, de modo inverso, ao invés de defender, ataca e com argumentos e colocações desnecessárias. aqui o link do texto (que é da VEJA): veja.abril.br/blog/rodrigo-constantino/liberdade-de-imprensa/carta-capital-uma-revista-que-exala-isencao/ P.S.: Não tenho certeza se consegui escrever o que eu realmente queria, mas está aí.
Posted on: Mon, 18 Nov 2013 00:54:23 +0000

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