O Barão do Crato e seu Romance Proibido Bernardo Duarte Brandão - TopicsExpress



          

O Barão do Crato e seu Romance Proibido Bernardo Duarte Brandão – o Barão do Crato – nasceu em Icó, no dia 15 de julho de 1832, filho de Bernardo Duarte Brandão, um rico fazendeiro proprietário de terras da Ribeira dos Icós e Jacinta Augusta de Carvalho Brandão. O que distingue a história do Barão do Crato de outros poderosos que imperaram em terras do Nordeste naqueles tempos antigos, é a sua fantástica história de amor por sua irmã, Maria do Rosário. Ainda jovem o Barão vai à Europa para complementar seus estudos; quando viaja, sua irmã ainda é uma criança; quando retornou encontrou uma linda mulher. O barão se apaixona por ela, é correspondido. Na tentativa de superar os obstáculos morais e sociais, o barão vai até o Vaticano, pedir permissão ao papa para casar-se com a irmã. O Papa nega a autorização, dizendo que a igreja não abençoaria tal união. Derrotado e frustrado, o barão resolve permanecer solteiro, no que é seguido pela irmã. A frustração amorosa e o seu amaldiçoado amor por Maria do Rosário, fizeram do barão um homem amargurado e cruel. Nos fundos do casarão onde residiu, foram encontrados dentes que foram arrancados nas longas sessões de tortura a que seus escravos eram regularmente submetidos, e pedaços de ossos de corpos humanos que se presume também tenham sido de escravos do Barão. Temido e antissocial, o Barão não frequentava a sociedade e estava sempre envolvido em disputas políticas. Mas uma mulher, Dona Glória Dias, descendente do Visconde do Icó resolveu enfrentá-lo. Insatisfeito com duas tamarineiras que serviam de abrigo e sombra para viajantes, incomodado com o barulho e o mau cheiro dos animais o Barão ordenou que as árvores fossem arrancadas. Dona Glória adquiriu uma carroça de pólvora e informou ao Barão que caso fizesse isso ela faria seu sobrado voar pelos ares. Sabedor que promessa de Glórias Dias era coisa certa de ser cumprida, o Barão recuou. A carroça de pólvora foi doada para os festejos do Senhor do Bonfim, para serem transformados em fogos de artifício. Desta briga nasceu a tradição de comemorar todos os anos com muitos fogos, o dia 6 de janeiro, em homenagem ao santo. Bernardo Duarte Brandão morreu com 58 anos, em Paris, em 19 de Junho de 1880, quando de viagem à Europa em busca de tratamento. Seu corpo foi transportado embalsamado de Paris para Fortaleza onde está sepultado no Cemitério São João Batista. Há quem diga que o romance com a irmã nunca existiu, que tudo não passou de intrigas e difamações criadas e divulgadas por adversários políticos, e publicadas em jornais de Fortaleza. diz a lenda que por baixo do palco do teatro, há uma passagem secreta que levaria a um túnel com destino a casa do Barão do Crato. Há sim uma marca de uma passagem fechada por tijolos, mas o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – nunca autorizou escavações que pudesse confirmar - ou não - a história.
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 10:51:40 +0000

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