O campo da morte! Deixo a comédia humana dos íncolas e habitantes do terreiro do Paço, mudado para a Teixeira Gomes! Estou até ao pescoço... Hoje chamou-me à vida um artigo sobre os judeus sobreviventes dos campos da morte. Os que de lá saíram, e ficaram marcados com o número de ordem dos nazis. A questão da resolução-final, não tem explicação nenhuma: aquilo nem os animais o fariam... E os caras pálidas, os SS e criaturas do estilo, tinham alma, cérebro, etc. Já passei por Auschwitz e a experiência permanece viva: o portão com a tal de "Arbeit macht frei!" - frase depois intencionalmente recuperada (?) pela defunta elite salazarista, na sua FNAT, como a fundação para a "Alegria no trabalho" ! Aquele portão, entra-nos pela pele e fixa-se, como lapa, no nosso pensamento; na nossa memória! Ad eternum! Hipocrisia maior não a ouvi nem li! Recordo um texto dramático da autoria de um judeu que escapou à morte, em Auschwitz. Emigrado na América, prémio Nobel da Física, rico mas sempre com o inferno daquele campo gravado na lembrança, testemunhou a morte que um pai lá internado, deu a uma filha menor...sua única familiar ainda viva. O homem era um dos vários escriturários judeus que tomavam conta das listas dos que iriam ser gaseados, em datas determinadas pela direcção nazi! E nelas leu, aterrado e confuso e desesperado, o nome da sua menina! Que fez? Com facilidade em entrar na enfermaria dos SS, conseguiu retirar uma ampola de veneno, que acabou por dar à própria filha! Este professor Prémio Nobel, e os amigos que conheciam o caso, debateram o julgamento do pai assassino! Quem o julgará culpado, inocente, inimputável!? A sentença é dificílima, por certo. O caso não foi a julgamento, até porque o pai morreu em Auschwitz, também. Mas dá para avaliar a complexidade do holocausto. Monsieur Le Pen anotou que ele ocupa umas poucas páginas do grande livro da história! Uma insignificância! No Irão dizem que o Holocausto não existiu... em suma. Tomara a nossa civilização poder afirmar que não, que foi uma invenção malévola dos vencedores! Mas não foi! Vi milhares e milhares de malas, pentes, óculos, sacos de cabelo (para tecer capotes da frente russa) e outros pertences. E os filmes e fotos que os próprios carcamanos tiveram a preocupação de tirar! E peço e exijo ao grande planeador: será que não poderá impedir-se este modelo sofisticado de holocausto para a Grécia, Portugal, Espanha, Chipre, Irlanda onde, lembremo-nos, a fome mata e os suicídios estão em alta?! "Oh, tempos oh costumes!"
Posted on: Sun, 11 Aug 2013 19:44:59 +0000