O mesmo "método" -- só cai nele pela 2ª vez quem quer O - TopicsExpress



          

O mesmo "método" -- só cai nele pela 2ª vez quem quer O objetivo de marcar eventuais (digo eventuais) eleições antecipadas no 2º semestre de 2014, e não logo a seguir à crise governamental destas últimas semanas, é simples. Que o mal e a caramunha já estejam feitos ANTES, agitando a cenourita para DEPOIS. Ou seja: 1- Que um OE para 2014 com suporte de 3 partidos esteja garantido -- no quadro dos preliminares que já conhecemos (vide último relatório do staff do FMI sobre a 7ª avaliação); 2- Que um acordo de médio prazo sobre o pós-troika esteja firmado pelo triunvirato, que marque o resto de 2014 e o OE de 2015 (em que provavelmente se estará negociando ou vivendo um programa cautelar de 12 meses como elemento de transição se as circunstâncias de "regresso aos mercados" forem hostis ou insuficientes como se prevê) e determine o andamento de 2016 em diante (altura em que dificilmente saberemos hoje antecipar o que quer que seja, mas enfim). Em suma, para que servem, então, eventuais eleições no segundo semestre de 2014, se antecipadamente tudo já foi cozinhado "com urgência" em algumas semanas de verão de 2013? Para nada!, apenas aqui para estes patetas eleitores plesbicitarem a coisa, armados em imbecis. Não há melhor forma de acabar com a democracia formal (que qualquer democrata tanto preza, pois custou a centenas de milhão pelo mundo a conseguir contra os totalitarismos de direitas e de esquerdas) do que esta: de tornar o papelito que se bota na urna, essa válvula de segurança para destilar humores e "sentimentos", uma inutilidade; de tornar a discussão, mesmo em gritaria e chinfrineira em período eleitoral, uma outra inutilidade. Isto, falando de um modo "educado" e reduzindo, para simplificar, a democracia a eleições livres. É irónico, no mínimo, que volvidas décadas tenhamos de estar a dizer que são precisas eleições livres e não condicionadas à partida. O mesmo método do "antes" foi aplicado em 2011, lembram-se? O governo de Sócrates demitiu-se - e bem, pois o social-financismo estava putrefacto - mas devia ter recusado, como governo de gestão, ter "produzido" e negociado o que quer que seja. Devia ter tido coluna vertebral para o ter feito. Como disse na altura. O eleitorado deveria ter dito o que pretendia. Depois das urnas e formado novo governo que se produzisse e negociasse um MoU se fosse essa a vontade da maioria dos eleitores e que o apoiasse quem quisesse dentro e fora do governo. Eu sei que nos últimos tempos são muitos os VIP - um escol de gente que na maioria dos casos nunca foi a votos e alavanca o poder que têm pela via da finança, da economia ou do mediático - que acham que essa coisa do povo dizer o que quer com o voto é uma chatice, uma perda de tempo, eles os VIP têm sempre na manga uns doutos que sabem o que se deve fazer contra essa massa ignara e imbecil que é o povo.
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 08:35:54 +0000

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