O objecto e circunstâncias Os moçambicanos têm muitas - TopicsExpress



          

O objecto e circunstâncias Os moçambicanos têm muitas definições e planos realizáveis, resultados da sua grande visão. É uma característica visionária dum talento inato. Sabem o que é melhor e como atingir o objectivo. Fazem demonstrações convincentes para que os vários interlocutores se aliem aos projectos e novos planos traçados, mas nada fazem. Mas o quê que há por de traz para que o país não se desenvolva nos olhos do povo? … É preciso esclarecer o que é um desenvolvimento nos olhos do povo: • Existe, por exemplo, o bairro de Guava nos arredores da cidade de Maputo e ao Noroeste da mesma. Este bairro está amplamente construído, casas de arquitectura modernas e gigantescas, calculadas em altas somas de dinheiro, “coisa para dizer que o povo moçambicano vive bem e tem poder para viver bem”. Mas o que está em causa é que esse poder é indiscreto, isto é, produção do ”bem-estar” resultado de rendimentos não declaráveis. Contudo o bairro está lindo com as casas que lá tem (não interessa donde vem o dinheiro), mas faltam as estradas, com todo o luxo imobiliário o bairro está poeirento. Quer dizer, o povo faz a sua parte e parte que não lhe compete mas o governo não se mexe, só se mexe para cobrar as taxas. Será que se o bairro tivesse uma estrutura autónoma ou sem-autónoma com as colectas internas não poderia compras uma escavadora e uma niveladora durante um ano, quiçá deitar pedras para endurecer o pavimento, e um dia o alcatrão? Se o bairro de Guava estivesse com o arruamento pavimentado, seria, de facto, um desenvolvimento nos olhos do povo, e isto é por todos os bairros novos, a maior vergonha está naqueles que o colono tinha feito alguma coisa e nós deixamos os estragos tomarem conta. • Se todo aquele que trabalha tivesse condições para alimentar a sua família entre as duas pontas do mês, pagar água e luz, renda e custear a educação dos seus filhos, seria isso um desenvolvimento nos olhos do povo. • Se as cidades crescessem o seu perímetro e não aumentar o confinamento de infra-estrutura nos centros urbanos deixados pelo colono, aliviando a questão das únicas direcções nas manhãs e nas tardes, como por exemplo a questão de se ter construído e reabilitado as instalações da Assembleia da República dentro da cidade, para tornar a Av 24 de Julho cada vez mais inviabilizada, ao em vez de se construir fora da mesma como algures em Marracuene, já que os seus utentes têm condições de lá se fazerem, seria um desenvolvimento nos olhos do povo. • Se houvesse um plano urbanístico traçado pelo governo cuja ocupação dos terrenos, fosse orientada pelo mesmo e não que o governo aparecesse para corrigir as ocupações, destruindo as casas já feitas com o argumento de construir infra-estruturas (estradas, escolas e hospitais) para o benefício da população e gastar mais dinheiro pelas indeminizações, seria um desenvolvimento nos olhos do povo. • Se as vias de comunicação fossem aumentadas, ao invés da estrada circular em volta da cidade de Maputo, que só visa a facilitar o acesso aos bairros nobres e a presidência, para criar vias aéreas nas cidades maiores, isso sim seria o desenvolvimento nos olhos do povo. • Se houvesse um saneamento do meio nas grandes cidades que deixasse as mesmas limpas, seria o desenvolvimento nos olhos do povo. Como se pode ver, o povo quer ter bens privados e comuns que lhe permita gradualmente reduzir o impacto da pobreza individual e colectiva, ver coisas palpáveis e significativas em termos de acção imediata para sustentabilidade social. Os relatórios do banco de Moçambique pouco ou quase nada dizem a população, por exemplo o aumento ou redução da inflação ou mais um digito na economia nacional, são dados na clara insignificância, não mostram o pão que a população come, não mete o arroz no prato, nada diz! É a penas o verbalismo de defesa de competências sectoriais. Tudo, aquilo que nós (povo) pensamos (porquê que o governo não faz isto ou aquilo, coisas que aqui perto na África do sul acontece para o bem estar do povo, que até pode se dizer com todas as letras que o bem estar do povo sul africano tornou-se melhor depois do apartheid, aquilo que ninguém nos proibiu de o fazer durante estes 38 anos), eles também pensam, só não querem fazer (ponto e basta). Vejam só, depois que se tiver terminado de construir a barragem de Pandankua, ela não vai tirar a fome da população nem daqui a 40 anos, tanto é que a de Cahora Bassa nos custa muito caro para ter a sua energia a iluminar as nossas casas. Para quê a outra? Quantos moçambicanos terão morrido até que essa barragem consiga satisfazer as necessidades básicas da população? O que se pretende claramente com essa barragem já que a primeira é até então mais que suficiente? A quem pertencerá, a privados ou ao Estado? E se for a privados não vai pôr em causa o desempenho da primeira para a economia nacional? Samora Machel dizia …o ambicioso é capaz de vender a pátria… Deixar tanta gente morrer porque ele quer ser o mais rico durante toda a sua vida. Acreditem moçambicanos que o objectivo da Frelimo desde o início foi único (trazer o bem estar da população), mas a circunstância já é outra. O homem que tem nas suas mãos este partido e que até o faz de sua propriedade, me parece não ter limites, e ser um louco. Fala-se e fala-se tanto mas nada mostra a sua sensibilidade, pois ele sabe que o povo está triste com ele. A Renamo e o seu presidente, estão se deixando cair na fita da Frelimo dirigido pelo Presidente Guebuza. É claro que se houver uma agitação no país não haverá eleições e o Presidente Guebuza continuará a governar e se houver guerra ele se tornará o mais rico ainda. O entendimento que a Renamo quer com a Frelimo e não consegue (não vai conseguir nunca), pode encontrar no MDM (porque não) e sem necessidade de barrulho. Isso é visível a olho nu. Como eu disse nas primeiras linhas, o moçambicano é capacitado, só não faz porque não quer. Então, não vamos deixar que a Frelimo continue a nos maltratar com este homem. Vamos por via pacífica mostrar que ele não vale nada, a penas só enganou ao povo que lhe deu um voto de confiança para depois ele maltrata-lo. O presidente Guebuza não vai abandonar o poder, minha gente! Erguem-se construções ambiciosas que mostram claramente que, ou ele em pessoa ou ele por outra pessoa com rédeas muito curtas. Quem faria aquilo para deixar para os outros e quanto dinheiro por via disso não foi desviado? O partido Renamo só precisa mudar um pouco a postura e mostrar sempre a defesa da paz e não se contentar por matar jovens inocentes, filhos de moçambicanos, usados pela Frelimo. Deve sempre buscar a paz, deve buscar a reconciliação com o MDM, da mesma maneira que teve a paciência de buscar com a antagónica Frelimo em 1992. Devem perceber que o povo, em algum momento lhe procurou perceber e lhe dar algumas razões e, por esta via, que pense que todo o povo moçambicano, do Rovuma ao Maputo, pode lhe amar. A reconciliação da Renamo com a Frelimo ficou desfasada de ser um produto que possa trazer os anseios da população, enquanto a Frelimo continuar nas mãos dos que lá estão a governar. Povo moçambicano! O inimigo já não é o colono, mas sim é todo aquele que não quer ver os moçambicanos a ter a dignidade. Vejam que depois do acordo de Roma passaram-se bons anos a orgulharmo-nos no mundo fora pela paz em Moçambique. Hoje já não é assim. Quem tirou essa paz?... Vocês sabem, não posso escrever o meu nome neste artigo porque o país não está em paz, mas, quem quer paz reenvie para pelo menos 5 amigos ou colegas seus, que será a sua contribuição na luta. Minha opinião sem insultar a ninguém mas falando o que acho verdade.
Posted on: Wed, 02 Oct 2013 20:38:15 +0000

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