O pior do banco parar de autorizar comprar feitas pelo cartão em reais no exterior é ele me mandar cartinha para tentar me convencer de que está fazendo isso pelo meu bem, sendo que está fazendo isso por bem próprio (humpf). Saca o conteúdo da carta: «Apesar de oferecer essa opção [cobrar em reais], muitas vezes o estabelecimento deixa de informar que a compra continua sendo uma transação internacional e será lançada na fatura em dólares, com incidência do IOF de 6,38% e possibilidade de variação entre a cotação do estabelecimento e a cotação da data de fechamento da sua fatura» Só que não. Quando se comprava um livro na Amazon e se usava a conversão para reais, era lançado em reais já na fatura (e não em dólar como o banco tá querendo que eu acredite). O IOF continuava sendo cobrado, é verdade, pois é uma transação internacional, mas é JUSTAMENTE para resguardar o cliente de comprar algo em um dia que o dólar estivesse baixo e a fatura chegar num dia de dólar alto que essas lojas oferecem o serviço de cobrar em moeda brasileira. Sendo assim, essa justificativa é infundada, a não ser que agora o banco se dê ao direito de velar pelos seus clientes por eles não saberem que compras internacionais estão sujeitas a IOF (o que sabemos que não é o caso, porque o banco caga e anda para a burrice dos clientes, já que é com ela que ele fatura). Continuemos a carta: «Com isso, o valor lançado na fatura pode ser diferente do que foi acordado com o estabelecimento, podendo em muitos casos ser *desfavorável para você*» Não é o que acontecia, querido banco. Aqui cito um outro exemplo: compras na PlayStation Store brasileira. Era cobrado em reais, lançado no exterior a conta, mas sem flutuação de dólar. O valor sempre era o acordado com o estabelecimento. A única coisa é que o IOF também era comprado. Mas novamente: atentar-se ao IOF é responsabilidade do usuário, assim como é responsabilidade do cidadão atentar-se aos outros impostos que se tem que pagar. Não seria o caso, caro banco, de mudar "desfavorável para você [eu, correntista]" para "desfavorável para MIM [banco]"? Afinal de contas, eu sei que vocês bancos odeiam quando perdem o controle de todas as nossas finanças. E então a carta conclui: "Para evitar esse tipo de situação e mantendo nosso compromisso de transparência com você..." Enfim, não é o caso. Sua transparência tá meio opaca, não é mesmo? Ou sou só eu que vejo a parcialidade do caso? Se o usuário fica revoltado porque o banco cobra IOF, então que vá reclamar com o governo, já que IOF é um imposto e está além da ossada do banco. Agora dizer que está fazendo isso porque é desvantagem ao usuário. Não, não. É mais trabalho para o banco mesmo, pode admitir.
Posted on: Fri, 13 Sep 2013 10:06:30 +0000
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