O que eu tenho a dizer sobre as manifestações dos médicos: Primeiro que eu tenho um ranço da categoria e como usuária dos serviços que prestam, ou seja, uma cliente (já que não uso o sistema único de saúde, sou sim uma cliente), poucas vezes fui tratada de maneira gentil e atenciosa. Depois que a titulação de DOUTOR ainda não foi incorporada à sua certidão de nascimento. (E os apenas graduados já exigem tal tratamento, esquecendo que antes de Doutor eles também tem um nome e são tão gente quanto eu). Acredito que as reivindicações são válidas e importantíssimas no quesito: condições de trabalho. Entendo que o SUS não funciona em várias instâncias, hospitais super lotados, centralização do atendimento nas capitais, lacunas na atenção básica e inúmeros entraves. Mas aí me pergunto, esse pessoal sai do curso querendo mesmo trabalhar na saúde pública? Entendo mesmo que a remuneração deva ser satisfatória, já que o investimento de tempo e dinheiro é muito grande durante o curso. Mas acredito também que a categoria ocupa um status social muito acima de outros profissionais que também trabalham e que também estudam muito para se formar (na área da saúde mesmo, existem muitos exemplos). Então, amigos. Se os médicos estrangeiros se formaram com igualdade de condições, deixa a galera entrar e se eles vão cobrar menos com isso, se especializem e montem um consultório para a sua pequena elite. O povo precisa de médico! Aos amigos médicos e acadêmicos, isso é uma generalização, sei que existem milhares de exceções. Conheço muitos médicos coerentes, responsáveis, comprometidos e acima de tudo humanos, que tratam seus pacientes como gente, não como um prontuário. Mas a gente entende que a briga da categoria é muito mais em prol da categoria que da própria saúde no Brasil.
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 01:08:24 +0000
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