O saldo da visita hoje ao Cocó logo depois do meio-dia - e pelo - TopicsExpress



          

O saldo da visita hoje ao Cocó logo depois do meio-dia - e pelo que tô vendo quando cheguei em casa, saí antes dos conflitos entre polícia e manifestantes. - A primeira coisa que já dá pavor e mostra como está o nível das coisas é você passar meses sem andar por ali e se deparar com o túnel de acesso ao Iguatemi, e somente ao Shopping Iguatemi, sinalizado como TÚNEL DE ACESSO AO SHOPPING IGUATEMI e sua cabeça martelando "sério que a Prefeitura constrói um túnel somente de acesso ao Shopping Iguatemi!?". - Não se podia encostar nas grades que guardas municipais apareciam e já pressionavam as pessoas a se afastarem. Eu nem sabia que havia tanto guarda municipal assim na cidade: facilmente eram mais de 20 ou 30. E eu só lembro de ver dois ou três guardas municipais em terminal de ônibus. - Houve o exemplo de um sujeito que subiu numa árvore, sei lá como, e lá em cima ficou. Ele estava preparado com mantimentos e muito compenetrado em realizar seu protesto numa boa. Louvável. - Todo o tipo de gente, com todo tipo de ideia, estava entre os manifestantes. Após a vista do verde do rio Cocó e do mangue na ponte da Engenheiro Santana Júnior, uma coisa era certa: era deprimente demais ao ver presencialmente os tratores trabalhando. - Havia colegas dos jornais impressos e de outros veículos, bem como os camaradas da Nigéria Filmes. Quem tinha smartphone, ipad e câmera dava seu jeito de registrar aquilo. - Algumas pessoas que estavam por ali há mais tempo e desde a noite falaram de um carro estacionado no Frangolândia, todo empoeirado, velho e cheirando à gasolina. O carro tinha sido levado por reboque até lá e, do que se espera, seria isca pra quebra-quebra, bem como a história da viatura da AMC queimada no entorno do Castelão. Se alguém souber melhor disso aí, comente. - A loja do Habibs, próxima do acampamento, foi fechada. Algumas pessoas contaram que funcionários ajudaram fornecendo água e cedendo banheiro para manifestantes - e que sofreram hostilidade por parte do batalhão de choque por conta disso. Aliás, quando passamos em frente o Habibs, fechado, abrigava vários homens do Cotam. Um microônibus do Choque estava estacionado ali próximo, meio dia. - A intimidação de policiais - tanto pelo número quanto pelo armamento, pistolas teaser, cacetete, etc - era algo que não passava despercebido. Não tenho tanta vivência de protestos e mobilizações, mas nunca havia visto aquilo exceto no protesto do jogo do Brasil na Copa das Confederações aqui em Fortaleza. Era como se nos berrassem "isso aqui vai ser construído de qualquer forma". - Lembrando, além de tantos exemplos, o da ciclovia e este em especial, há a certeza cada vez mais concreta que estas gestões não são de diálogo e não levam em consideração projetos que pensem a cidade como um todo. É uma derrota coletiva, mas ao mesmo tempo torna-se mais um motivo pra ter atenção ao que acontece, cobrar respostas e partir para uma ação direta. - Além do debate entre mobilização popular x gestão, como se deu a decisão judicial de autorização da obra? Quem foi que decidiu? Como decidiu? Se a lei é o argumento maior que rege como as coisas funcionam nessa cidade, esse conjunto de regras está a serviço de quem? Se o Executivo está impondo retroescavadeiras sobre nós, como está o Judiciário cearense?
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 20:36:01 +0000

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