OS MANAÓS, TRIBO GUERREIRA Se muitos soubessem da historia da cidade de Manaus, teriam orgulho de ser chamado manauara. Infelizmente muita gente não liga muito para isso, mas mesmo assim quero contar o porquê me sinto felicitado por ser chamado manauara. Quando os portugueses invadiram o Brasil (e foi isso que aconteceu, o Brasil não foi descoberto, mas sim invadido), a parte onde se encontra hoje o Amazonas era na verdade dos espanhóis, à época da invasão do Brasil pelos portugueses, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugal. A ocupação do lugar onde se encontra hoje Manaus foi demorada devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata). Antes de tudo isso, havia nesta terra varias tribos, e entre elas existiam três tribos mais populosas e de grande influência entre os conquistadores, as tribos eras os Manáos, os Barés e os Tarumãs. Os Manáos constituíam o grupo étnico indígena mais importante da região, onde habitavam as duas margens do Rio Negro e possuindo população de cerca de 10 mil índios no século XVII, número avaliado após os primeiros violentos conflitos travados com os portugueses colonizadores. A tribo dos Manaos, considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada para servir de mão-de-obra escrava, entrava em confronto com os habitantes do Forte. Através de casamentos com as filhas dos Tuxauas (assim surgiram a miscigenação, os caboclos), os militares portugueses começaram a ligar-se aos Manáos, buscando assim apaziguar os conflitos. Todavia o índio Ajuricaba, um dos líderes dos Manaos, se opunha à colonização dos portugueses, mas parecia apoiar os holandeses (há controvérsias neste caso). Possuindo excepcional capacidade de liderança, Ajuricaba conseguiu congregar diversas tribos locais, e assaltava aquelas sobre domínio dos portugueses. Também organizou um sistema de vigilância que dificultava o deslocamento dos portugueses pelos rios e lagos da região. Esse mesmo Ajuricaba, um grande líder, capturado sendo levado para Belém, após várias provas acusatórias ao grande guerreiro, antes de chegar à embocadura do Rio Negro, tentou libertar a si e aos companheiros. Revoltando-se, mesmo em grilhões, ameaçou seriamente a tropa de Paes do Amaral e Belchior. Dominados o levante indígena, depois de muito sangue derramado, para não se sujeitar às humilhações diante da vitória do inimigo, Ajuricaba lançou-se às águas do rio-mar que tanto amava, perecendo afogado, gerando satisfação aos conquistadores, já livres das preocupações de mantê-lo sob-rigorosa vigilância até Belém, conforme confessou o governador Maia da Gama. Ajuricaba atirou-se à água, preferindo suicidar-se a sofrer assassínio pelo invasor colonizador. O suicídio de Ajuricaba foi considerado heroico tanto por seu próprio povo quanto pelos portugueses. Nisto consiste o meu orgulho e exemplo. Manaus no decorrer do processo mudou varias vezes de nome, sendo no principio Manaós, depois se tornou Manáos, e mais atualmente Manaus. Mas o que se pode dizer, é que o nome veio de uma tribo que não aceitou ser oprimida pelo sistema governante, e onde surgiram grandes heróis que morreram em prol da liberdade, não aceitaram ser escravos, se identificavam com os seus ideais, e lutaram por eles até a morte. Os portugueses vieram com a cruz, mas também trouxeram O arcabuz, e com arcos e flechas, e tacapes nas mãos, os Manaós quase fizeram uma revolução, e por causa desta história que tenho grande orgulho de ser índio caboclo da tribo Manaós, descendente do grande Ajuricaba, que nós dá o exemplo de que é melhor se jogar no Rio Negro, do que continuar escravo do sistema. Parabéns Manaus, por seus 344 anos
Posted on: Thu, 24 Oct 2013 06:35:27 +0000
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